“Infelizmente, o que temos hoje são adequações e acessibilidade pontuais, sem integrar ações cotidianas como moradia, passeios, transporte, edificações, serviços. Um percurso de dois ou três quarteirões é muitas vezes impraticável para quem tem alguma deficiência ou até mesmo para um idoso”, diz a arquiteta e cadeirante Silvana Cambiaghi, que é Conselheira titular e integra o Grupo de Trabalho de Acessibilidade do CAU/SP e também a Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA), órgão da administração municipal de São Paulo.
O conceito Desenho Universal busca atender não apenas “pessoas com deficiência”, mas também pessoas idosas, gestantes, obesas, carregando pacotes, entre outras condições, segundo a especialista. “Pensando que as pessoas envelhecem e que suas necessidades vão mudando ao longo de sua vida, pensar em projetos com Desenho Universal é introduzir também o conceito de arquitetura sustentável, sem necessidade de adaptações posteriores. Ambos se complementam e possibilitam a construção de sociedades verdadeiramente democráticas”, completa a conselheira do CAU/SP.
O Workshop será realizado na Rede de Reabilitação Lucy Montoro, na Vila Mariana, das 9h às 18h. A seguir, confira alguns dos temas que serão abordados no evento:
- Acessibilidade e a Prática Profissional;
- Conceito e Aplicação de Desenho Universal na Arquitetura;
- Legislação e Normas Técnicas;
- RRT e o decreto federal 5.296/04;
- A Urbe e a Lei Nº – 13.146, também conhecida como Lei Brasileira de Inclusão;
- Peculiaridades da Região;
- Análise de Projeto com base em Rota Acessível (exercício interativo);
- Projetos Residenciais com Desenho Universal – Estudo de caso (exercício interativo);
- Projetos Corporativos Acessíveis – Estudo de caso (exercício interativo);
- Acessibilidade em Patrimônios culturais tombados – Conceito (exercício interativo);
- Mobilidade Urbana em áreas de valor histórico e cultural (exercício interativo).