Na França, pelo Vale do Loire até o Atlântico – Mobilize Europa
Mobilize Europa

19
agosto
Publicado por admin no dia 19 de agosto de 2013

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Pequenas embarcações de passeio nos canais

Para dar sequência ao meu caminho pela França, saindo de Paris decidi passar por Versalhes, seguindo na direção sudoeste até a cidade de Tours, de onde acessaria a ciclorrota do Vale do Loire para chegar a Nantes, praticamente à beira do oceano Atlântico. Esse trajeto foi um pouco complicado, já que na primeira etapa (Paris-Tours), não existem ciclorrotas ou rios que eu pudesse seguir. Para complicar um pouco mais meu deslocamento, toda a região ao sul de Paris é extremamente quente e seca; não se vê uma sombra sequer no horizonte, apenas infinitas plantações de trigo.

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Indicação comum nas cidades francesas

 

A grande maioria das cidades francesas, e Versalhes é um ótimo exemplo, possui uma boa ou ótima estrutura cicloviária, mas pedalando na estrada me lembrei um pouco da Itália, já que não havia pegado nenhuma ciclorrota nos mais de mil quilômetros pedalados até aqui na França. A boa surpresa ficou por conta de ciclovias margeando uma grande estrada nacional, e das pequenas vilas francesas, onde sempre é possível pedalar tranquilamente – pelas vias exclusivas para bicicletas, ou pelas ruas do centro, onde o trânsito de veículos automotores é limitado à velocidade máxima de 30 km/h (ou até proibido). Saber que você está sempre pedalando próximo a uma linha de trem também é bastante tranquilizador, já que pode ser uma opção caso tudo dê errado!

 

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Na balsa – espaço para pedestres, bicicletas e cavalos

Na maioria das regiões do país, boa parte das pequenas vilas possui canais, por onde circulam botes de passeio ou até embarcações para o transporte de carga, como lixo reciclável já compactado, por exemplo. Já próximo à cidade de Tours, também era muito comum cruzar a linha férrea, por onde circulam os TGVs (trens de alta velocidade). Fiz uma pequena confusão ao tentar seguir o rio Loir, que era apenas um riacho, para só depois descobrir que não se tratava do famoso Loire (o e no final faz toda a diferença, mas é quase imperceptível para quem não fala francês!), mas ao chegar próximo a Tours, na cidade de Bleré, tudo ficou claro.

 

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Rodovia nacional francesa (N10), com tráfego proibido para bicicletas, mas com ciclovia paralela

Da pequena Bleré segui pelas margens do rio Cher, que mais para frente se encontra com o Loire e segue até o Atlântico. Esta é uma rota ciclística muito bonita e famosa, conhecida como “Loire a Velo”, que passa por vários pontos turísticos, históricos e extremamente bem conservados. Claro que havia um grande número de ciclistas no caminho, mas isso não foi problema em momento algum, ao contrário, torna o ambiente ainda mais acolhedor. A infraestrutura é de primeira, a rota é bem sinalizada, e praticamente todos os estabelecimentos comerciais nas cidades e vilas ao longo do caminho estão dispostos e preparados para atender aos cicloturistas. Mesmo quem viaja de carro ou “motor-home”, carrega consigo pelo menos um par de bicicletas, para os pequenos deslocamentos do dia-a-dia. Pelo que eu pude perceber, a cultura ciclística é muito difundida e respeitada por quase toda a Europa ocidental.

 

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A partir do Vale do Loire, chegar em Nantes foi tão fácil quanto prazeroso. A cidade é incrivelmente bem servida de Tram’s, ciclovias e ônibus, mas um pouco precária em alguns momentos para a circulação de automóveis. Além disso, os meus abrigos tradicionais durante os dias chuvosos, os pontos de ônibus, são bastante curiosos por toda a França – eles são muito bonitos, mas por diversas vezes pecam pela falta de informações. Ainda bem que eu não precisei deles em momento algum, em mais de 6 mil quilômetros de pedal pela Europa!

 



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