Nesta pesquisa, muito embora todos os participantes tenham demonstrado preocupação com a qualidade do meio ambiente, pensando nas futuras gerações, a conclusão é que, nas questões práticas, houve certo desinteresse e despreparo para compartilhar o automóvel, principalmente por razões de ordem sociocultural.
Dar e receber carona de pessoas conhecidas, também é um fator que influencia a adesão ao Programa, para que os entrevistados sintam segurança ao participar. Na opinião dos entrevistados a implementação da Carona Solidária será mais efetiva se for realizada em empresas, escolas, universidades ou outras instituições onde as pessoas já se conhecem. Possuir um carro constiui-se ainda em um valor para uma parcela considerável da população entrevistada. A dificuldade em estabelecer relação entre saúde e ambiente também interfere na adesão dos profissionais mesmo considerando uma iniciativa interessante. Acredita-se que a educação ainda seja o melhor caminho para que ocorram mudanças de atitudes.
*Sandra Costa de Oliveira é pesquisadora do Centro de Pesquisa e Documentação em Cidades Saudáveis (CEPEDOC-FSP/USP). Participou do Projeto de Revisão da Politica Nacional de Promoção da Saude (PNPS-2013/2014). Mestre em Ciências pela Faculdade de Saúde Pública/USP (2013), Especialista em Administração Hospitalar (2007) e Especialista em Saúde Pública (2010) pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Integra a Comissão Científica da Associação Paulista de Saúde Pública-APSP. Doutoranda em Saúde Global e Sustentabilidade pela FSP/USP. Realiza pesquisas nas áreas de Educação, Meio Ambiente e Saúde, Saúde Pública, Mobilidade/Deslocamento Urbano e Trânsito (Carona Solidária), e atualmente estuda também as Cidades.