A avenida Doutor Enéas de Carvalho Aguiar corta o complexo do Hospital das Clínicas, em São Paulo. São 700 metros por onde passam cerca de 45 mil pessoas por dia, a maioria idosos, cadeirantes, gente do Brasil inteiro em busca de tratamento de saúde. Mas com uma breve caminhada já dá pra perceber que a via também está doente. O espaço nas calçadas é impraticável em vários pontos, com árvores, postes, bancas de jornal e vendedores ambulantes.
Idosos, pessoas debilitadas ou com dificuldade de locomoção mal conseguem circular por ali. Médicos e acompanhantes também sofrem para caminhar. Os poucos locais de descanso com bancos e sombras ficam lotados o dia inteiro. Faltam banheiros públicos e mais opções de lanchonete. Atualmente só tem duas, sendo uma bem precária.
Os carros parados em local proibido ou os que querem fugir do trânsito na região prejudicam a circulação das centenas de ambulâncias que circulam diariamente. Vagas de táxi ociosas ocupam um valioso espaço que poderia ser dos pedestres. Enfim, uma rua nada amigável para pedestres e desagradável até mesmo para quem passa de carro.
A solução para tantos problemas não é fácil, mas tem que começar de alguma forma. No caso da Dr. Enéas, já havia um estudo de projeto feito pelo instituto Urbem prevendo um calçadão e conexões entre os institutos do HC. A ideia é ótima, mas o alto custo para se tirar do papel talvez tenha desencorajado os gestores públicos.