Alckmin, governador de São Paulo, libera R$ 2 bi para o Grande ABC

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou e assinou ontem R$ 2,082 bilhões de investimentos no Grande ABC.

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 |  Autor: Beto Silva / Diário do Grande ABC  |  Postado em: 16 de junho de 2011

Apresentação da Agenda Metropolitana do ABC

Apresentação da Agenda Metropolitana do ABC

créditos: Divulgação

O pacote abrange projetos e obras principalmente nas áreas de Transporte, Saúde, Habitação, Turismo e formação profissional. Foi divulgado em Santo André, durante a realização do programa Governo Presente, em que o secretariado e o comandante do Palácio dos Bandeirantes comparecem à região para agilizar as demandas com os prefeitos.

Um dos anúncios mais relevantes foi sobre a realização do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), como o Diário antecipou ontem. O projeto é dividido em duas fases. A primeira compreende trajeto do Centro de São Bernardo até a Estação Tamanduateí do Metrô. O custo inicial será de R$ 2,8 bilhões, sendo R$ 445 milhões do governo estadual, financiados junto ao BNDES divulgados ontem. A gestão tucana busca R$ 850 milhões do PAC 2 e outro R$ 1,5 bilhão que deve ser captado em parceria público-privada.

No montante estão inclusos as contratações dos projetos básico e executivo, os trens - que serão licitados primeiro - e os 14 quilômetros de obra. A expectativa é de que a intervenção comece no segundo semestre de 2012 com conclusão em 2014. A segunda fase, que deve ficar para a próxima gestão, prevê gasto de R$ 1,2 bilhão, em seis quilômetros de trilhos entre o Centro da cidade e o Alvarenga.

A concretização do Expresso ABC, discutido desde 2005, foi outra importante revelação feita por Alckmin. Proporcionará economia de 11 minutos nos 35 quilômetros da linha 10-Turquesa da CPTM, que passa pelas cidades do Grande ABC. Serão apenas quatro paradas de Mauá até a Estação da Luz, em trilhos paralelos aos que existem hoje. As estações serão modernizadas. Ontem o tucano assinou projeto de lei que será enviado à Assembleia que autoriza o governo a contrair financiamento de R$ 550 milhões.

Investimentos na ordem de R$ 69,2 milhões serão feitos no Corredor ABD, para modernizar a linha e aumentar a capacidade da eletrificação dos 45 quilômetros do trajeto de tróleibus - da Zona Leste da Capital (São Mateus), passa por Diadema e vai até a Zona Sul (Brooklin).

O governador justificou as aplicações em massa em transporte público no Grande ABC. "O mundo é urbano, é metropolitano (...) Um dos grandes desafios do mundo é a mobilidade, o ir e vir. É transporte coletivo integrado e de qualidade. Os sete municípios são uma cidade só", discorreu, ao destacar o debate feito sem partidarismo, "fruto de esforço coletivo, união de esforços."

Luiz Marinho reclama de VLT; inspeção veicular é dúvida
 
Dentre as manifestações de satisfação aos anúncios feitos pelo governador Geraldo Alckmin, destoou a reclamação do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT). O petista criticou o valor separado pelo Estado ao VLT e a separação do projeto em duas partes.

"O valor divulgado não dá para fazer nada. E no que nós discutimos com o governo, ficou definido que a estação inicial seria no Alvarenga. É preciso ter clareza no volume de recursos e no cronograma de obras. Tem de haver segurança na mensagem", salientou.

O chefe do Executivo de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV), comemorou os investimentos para a cidade. "Estava tocando a obra do hospital com verba própria. Eram R$ 100 mil aqui, R$ 200 ali. Agora, com R$ 11 milhões, podemos finalizar a primeira etapa, que absorve 86% dos usuários da antiga unidade de Saúde."

O prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PTB), elogiou o acerto no desenvolvimento da área de Transporte. "É um dos principais gargalos da região."

O que de certa forma frustrou as lideranças políticas locais foi o silêncio sobre a exigência da realização anual da inspeção veicular ambiental nos automóveis com placas do Grande ABC. A reivindicação do Consórcio Intermunicipal chegou à Secretaria Estadual do Meio Ambiente na semana passada. "Está em estudo", disse o governador em entrevista coletiva.

Se implementada na região, a medida será semelhante à que já é feita há três anos na Capital e abrangerá 1,4 milhão de veículos dos sete municípios.

 


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