Itaú investe em fábrica de bikes compartilhadas em Extrema (MG)

Unidade deve começar a operar já no fim deste ano, e a meta é produzir sete mil veículos ao novo sistema de compartilhamento de bicicletas de várias cidades do país

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Fonte: O Globo  |  Autor: O Globo  |  Postado em: 20 de novembro de 2017

Itaú vai produzir as próprias bibicletas

Itaú vai produzir as próprias bibicletas

créditos: André Porto / Metro Jornal

O Itaú e a Tembici, empresa especializada na gestão de bicicletas compartilhadas e que tem o apresentador Luciano Huck entre os sócios, estão investindo entre R$ 850 mil e R$ 1 milhão na construção de uma fábrica de bikes. A unidade, que começa a operar já no fim deste ano, fica na cidade de Extrema, em Minas Gerais. O objetivo é fabricar sete mil unidades nos primeiros cinco meses de operação.

 

As bicicletas produzidas na fábrica vão substituir as atuais "laranjinhas" que levam o logotipo do Itaú e rodam nas ciclovias de oito cidades do Brasil, como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte (Minas Gerais), Porto Alegre (no Rio Grande do Sul) e Salvador (Bahia), além de Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes, todas em Pernambuco. São ao todo 8.300 bikes.

 

Nova tecnologia
As novas bicicletas terão novo desenho e contarão com tecnologia desenvolvida pela empresa canadense PBSC Urban Solutions, que tem cerca de 50 mil bicicletas rodando em mais de 20 cidades espalhadas pelo mundo. As bikes ganharão sistema antifurto, para resolver um problema recorrente no Brasil, e componentes novos, como pneus de aro maior, sistema de marcha em três velocidades e refletores frontais e traseiros para aumentar a segurança nas vias públicas.

 

"A mobilidade urbana passou a ser um dos maiores projetos do Itaú, com investimento em infraestrutura e apoio a organizações que ajudam na educação do trânsito. Agora há o projeto da fábrica. Isso tudo está ligado à preocupação com a segurança. A nova tecnologia vai permitir que as bicicletas tenham mais resistência, pois foram pensadas justamente para o mercado de compartilhamento", explicou Luciana Nicola Schneider, superintendente de Relações Governamentais e Institucionais do Itaú.

 

A mudança deve melhorar a prestação do serviço no Rio, alvo de queixa dos usuários, sobretudo, pela falta de manutenção das bicicletas. O Rio conta com 2.600 bicicletas em 260 estações. A meta, diz Tomás Martins,diretor-executivo da Tembici, é que essas novas bicicletas cheguem ao Rio até o primeiro trimestre do ano que vem.

 

Ele explica que a Tembici assumiu a gestão do projeto no Rio em maio deste ano, após comprar a Samba Transportes Sustentáveis, responsável pelos projetos de compartilhamento de bicicletas da Serttel em cidades como o Rio. "Desde que assumimos, procuramos entender o serviço. Fizemos mudanças na gestão, no call center e aumentamos o número de bicicletas em operação. A chegada dos novos modelos no Rio vai depender das conversas com a prefeitura", destacou Martins.

 

A mudança vai além das bikes. Pelo novo sistema a ser implementado, o usuário poderá pagar pelo aluguel com cartão de débito e crédito além de um cartão específico que vai funcionar como um pré-pago. A ideia, diz Martins, é aumentar a comodidade para o usuário.

 

Com a fábrica em Minas Gerais, a meta é produzir as novas bicicletas também para cidades que já contam com o compartilhamento e tem patrocinadores além do Itaú. É o caso de Manaus, Belém e Vila Velha que contam com patrocínios do operador de saúde Hapvida e do banco Banestes, por exemplo.

 

"O potencial de crescimento no Brasil é grande. 22 cidades hoje contam com projetos de compartilhamento. Com a canadense PBSC, podemos levar a tecnologia para a América do Sul. Estamos conversando com outros países", disse Martins, destacando que o mercado de compartilhamento de bicicletas pode movimentar até EUR 5,3 bilhões (cerca de R$ 20,4 bilhões) no mundo em 2020.

 

Paraguai e Uruguai
Assim, o Itaú quer continuar exportando sua estratégia de bicicletas compartilhadas para outros países. Segundo Luciana, o Itaú está desenvolvendo um projeto de verão para levar suas "laranjinhas" para cidades no Paraguai e Uruguai. O banco também está analisando a entrada em Buenos Aires, na Argentina. Atualmente, o Itaú já opera em Santiago do Chile, onde tem 176 estações e 1.600 bicicletas funcionando.

 

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