A Justiça do RJ decretou uma intervenção para acelerar a climatização dos ônibus do Rio. Um gestor independente vai coordenar os trabalhos com a Prefeitura do Rio e as viações.
Nas negociações que levaram ao aumento da passagem, no fim de janeiro, o prefeito Marcelo Crivella ajustou o calendário da refrigeração. Em troca do reajuste de R$ 3,95 para R$ 4,05, as empresas de ônibus teriam de equipar ar-condicionado em todos os carros até setembro de 2020, com metas a cumprir gradativamente.
No pedido de intervenção, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), defendeu atos operacionais necessários para a climatização integral da frota antes desse prazo. Além da climatização, a intervenção contempla medidas para o aumento do controle e da eficiência no planejamento e gestão dos serviços.
O interventor deverá ter acesso à “caixa-preta” das receitas e despesas do setor - composto por 36 empresas e os consórcios Intersul, Internorte, Transcarioca e Santa Cruz, no caso do BRT.
Climatização
Toda frota de ônibus da cidade deveria ter sido climatizada no ano de 2016. Atualmente, um termo de conciliação assinado por representantes das empresas e da Prefeitura, estabeleceu um cronograma de toda frota até setembro de 2020.
Procurada, o Rio Ônibus informou que que tem cumprido todas as metas acordadas com o Executivo Municipal e que pretende recorrer da decisão.
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