Avaliação, ferramenta essencial aos projetos de mobilidade

Colaborador do Mobilize em Portugal, Cláudio Mantero fala neste artigo sobre a avaliação de projetos, que deve vir em todas as fases do planejamento da mobilidade urbana

Notícias
 

Fonte: Mobilize Brasil  |  Autor: Cláudio Mantero*  |  Postado em: 04 de junho de 2014

Recursos que ajudam na compreensão dos conceitos

Recursos que ajudam na compreensão dos conceitos

créditos: Reprodução

 

Nos investimentos do setor de mobilidade urbana, a avaliação de resultados a curto, médio e longo prazo tornou-se essencial, sobretudo em períodos de crise financeira. É o caso da Europa, onde nos últimos dez anos cresceu o interesse pela sistemática. A avaliação passou lentamente de mera especulação acadêmica para uma ferramenta fundamental às fases de planejamento, apresentação, avaliação e revisão dos projetos.

 

O primeiro passo deve vir na fase de planejamento. Nesta etapa, os indicadores/dimensões para o cálculo das vantagens e custos deverão referir-se, sejam eles quantitativos ou qualitativos, a um plano geral de área, de cidade ou de região.

 

Na fase de apresentação, os indicadores servem para informar à população, facilitar a compreensão pública e aproximar a área técnica à cidadania. Isso exige uma comunicação nem sempre fácil, mas que deve existir. Há ótimos exemplos de apresentação pública em países como França e Espanha onde, dentro dos diferentes níveis territoriais, as avaliações permitem esclarecer as oposições e consolidar o consenso. Para tanto, a fria matemática dos números é substituída por simulações dinâmicas e de compreensão mais simples.

 

Por fim, na fase de avaliação do projeto os indicadores serão constantemente monitorizados por meio de sistemas automatizados de contagem, sensores, com ajuda de parcerias ou por levantamentos periódicos na rede. Se acompanhado corretamente, este processo permite uma fácil avaliação dos cenários alternativos, além de uma revisão mais rápida, consensual e baseada em evidências partilhadas.

 

Qualquer intervenção na mobilidade urbana deverá, tanto quanto possível, levar em consideração estes princípios de avaliação das vantagens e dos custos.

 

Sem estas referências, que garantem ao gestor uma boa prática, corre-se o risco de agir de modo pontual, comprometendo o crescimento harmônico, consciente e consensual das nossas cidades. 

 

Veja a seguir três exemplos de trabalhos que adotam a avaliação como recurso metodológico:  

 

Avaliação nos projetos de mobilidade

http://www.civitas.eu/sites/default/files/Evaluation_Matters.pdf

 

Avaliação nos planos de mobilidade urbana

http://www.sump-challenges.eu/content/monitoring-and-evaluation

 

Participação pública em cidade médias e pequenas

http://www.civitas.eu/sites/default/files/citizen_engagement_in_the_field_of_mobility_2.pdf

 

*Cláudio Mantero é sênior transport manager em Portugal. Contato: claudiomantero@gmail.com e blog http://nossomospeoes.blogspot.pt/


  • Compartilhe:
  • Share on Google+

Comentários

Nenhum comentário até o momento. Seja o primeiro!!!

Clique aqui e deixe seu comentário