Presidente do Metrô Rio se demite para trabalhar em empresa de Eike

Rio - O Metrô Rio informou, em nota, que José Gustavo de Souza Costa deixou a concessionária para trabalhar na empresa de mineração de ouro, prata e cobre de Eike Batista

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 |  Autor: FERNANDO MOLICA / O Dia Online  |  Postado em: 01 de junho de 2011

O presidente demissionário da Metrô Rio

O presidente demissionário da Metrô Rio

créditos: Foto: Marcelo Dias/Extra

José Gustavo de Souza Costa assumiu a presidência do MetrôRio em 10 de junho de 2005. Durante a sua administração, o novo contrato de concessão foi assinado, ocorreu o fim da baldeação na Estação Estácio, 114 novos carros foram adquiridos, inauguração da Estação Cidade Nova, modernização dos sistemas de bilhetagem, ventilação, sinalização, dentre outros.

Nesta terça-feira, a Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes (Agetransp) multou em R$ 374 mil, a concessionária Metrô Rio por atrasar a entrega de novos trens importados da China. A demora descumpre o 6º termo aditivo do contrato de concessão, assinado em dezembro de 2007 entre a empresa e o Governo do estado, que previa a circulação das composições em agosto do ano passado. Nove meses depois, nenhum trem entrou em operação.

Em nota, a Agetransp considerou que a concessionária frustrou as expectativas criadas pela colocação em operação dos novos trens, o que representou sério prejuízo às políticas públicas de transporte do estado e aos interesses da população. O Metrô não quis se posicionar sobre a multa aplicada pela Agetransp. A concessionária se limitou a informar que as 19 composições estarão em operação até o final de 2012. O primeiro trem começará a circular em dezembro deste ano.

Todos serão destinados para a Linha 2. Os novos trens terão TV, melhor iluminação com lâmpadas de LED, circuito de refrigeração 33% maior que o atual, para permitir que a temperatura se mantenha em 33 graus. Os bancos serão longitudinais (paralelos ao corredor), permitindo acomodar maior número de passageiros, que poderão transitar entre os vagões. Haverá alças pega-mão e barras no teto para os usuários segurarem. Sinais sonoros vão alertar para o fechamento das portas. Cada vagão será monitorado por câmeras. Com os novos trens e a inauguração da estação Uruguai, na Tijuca, até 2014, a concessionária espera elevar de 600 mil passageiros para 1,1 milhão por dia.

José Gustavo viveu o céu e o inferno no metrô. Em sua gestão, enfrentou a crise da superlotação e panes em 2009. Em fevereiro de 2010, o Ministério Público Estadual entrou com ação para tentar suspender a Linha 1A — que acabou com a baldeação no Estácio — e obrigar a concessionária a parar de vender bilhetes quando as plataformas estivessem lotadas. A nova transferência na Linha 1A, no entanto, é aprovada por 75% de seus usuários.

Em 12 de maio, o metrô sofreu primeiro arrastão de sua história: mais de 20 passageiros foram assaltados.

O economista, porém, conseguiu renovar a concessão do metrô antes do tempo, comprar 19 novas composições e aumentar o volume de passageiros de 384 mil há 14 anos para 630 mil este ano. Também construiu a Estação Cidade Nova, modernizou paradas, melhorou acessos e implantou a bilhetagem eletrônica.

 


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