Em MS, mãe constrói banco em ponto de ônibus para filho com deficiência

Médicos diziam que Pedro não viveria muito tempo e completou 46 anos. Aposentada teve ajuda dos vizinhos que se sensibilizaram com a situação

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Fonte: G1 MS  |  Autor: G1 MS  |  Postado em: 11 de fevereiro de 2016

Anita Barbosa Tinoco construiu um banco no ponto d

Anita Barbosa Tinoco construiu um banco no ponto de ônibus

créditos: Reprodução

 

A aposentada Anita Barbosa Tinoco, de 71 anos, construiu um banco no ponto de ônibus próxima da casa dela, com a ajuda de uma amiga, depois de ver o filho que tem deficiência sofrer esperando em pé o ônibus em Campo Grande. Os médicos diziam que o filho caçula de dona Anita não viveria muito e, hoje, Paulo tem 46 anos.

 

Segundo a prefeitura da capital de Mato Grosso do Sul, os bancos não são instalados em todos os pontos de ônibus. A Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) orienta que a pessoa faça o pedido pelos telefones 156 e 118 para que um técnico avalie se o pedido será ou não atendido.

 

A atitude teve ajuda de uma amiga. As duas carregaram pelas ruas os materiais, latas de tinta, tudo. A reforma terminou nesta terça-feira (9). “Na hora que morrer não vai levar nada, mas enquanto está aqui temos que cuidar”, afirmou dona Anita.

 

Muitos usuários do ponto de ônibus não a conhecem, mas agradecem a iniciativa. É o caso do autônomo Reginaldo Cruz que usa muletas para ajudar a andar. “Graças a uma senhora, não sei o nome dela, mas que Deus abençoe a vida dela”, afirmou.

 

O motorista que faz a linha no bairro se surpreendeu ao ver o ponto de ônibus mais bonito. Dona Anita decidiu pintar toda estrutura da mesma cor do banquinho. “Ela estava sempre em pé. Não tinha onde sentar né? Infelizmente, a população tem que se virar”, disse o motorista Juliano Lacerda.

 

A vizinhança acompanhou de perto os obstáculos enfrentados pela aposentada para proporcionar uma vida melhor ao filho. “Eu sempre vejo ela aqui no ponto de ônibus e ela tem um filho especial. Quando foi essa semana eu vi, ele fica ali ou na cadeira de rodas. Aí fico com dó dela”, contou a atendente Juliana Silva.

 

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