R7 testou: superlotado, metrô do Rio ainda sofre com defeitos e falta de acesso para deficientes

Linhas 1 e 2 foram avaliadas no horário de maior fluxo de usuários

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 |  Autor: R7  |  Postado em: 17 de novembro de 2011

reclamações dos usuários

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créditos: Felipe de Oliveira

O R7 foi ao metrô testar as condições em que o carioca vai e volta para casa. Durante duas semanas (entre os dias 17 e 28 de outubro), a reportagem percorreu todas as estações das duas linhas do metrô carioca. Os problemas verificados e as reclamações dos usuários vão desde os "usuais" atrasos e superlotações em horários de pico à falta de acessibilidade de deficientes, ar-condicionado e sinal para telefonia celular em trechos dos túneis.


O metrô do Rio, que hoje transporta cerca de 645 mil passageiros em dias úteis, tem como desafio melhorar a qualidade nos próximos anos. Em expansão da rede, a empresa prevê alcançar movimento diário de 1,1 milhão de usuários em 2014.

 
Valmir Teixeira, de 53 anos, que vai de metrô para o trabalho, no centro do Rio, há mais de 15 anos, critica o alto valor da passagem (R$ 3,10) e pede melhora do serviço prestado.
 
 
Em 30 de março passado, a Metrô Rio (concessionária que administra o metrô) assinou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público, em que se comprometia a evitar superlotação e atrasos, manter bom estado de conservação, respeitar intervalos entre trens, informar o usuário em caso de problema, parar a venda de passagens em caso de excesso de passageiros na estação, entre outros itens.
 

Caso esses termos não sejam cumpridos, de acordo com o TAC, a empresa seria multada em R$ 10 mil por dia para cada item desrespeitado. De acordo com o Sindicato dos Metroviários, a concessionária não está conseguindo se adequar aos termos do TAC e, segundo o diretor do sindicato, Antônio Luiz da Silva, as medidas adotadas são apenas paliativos.
 

- O metrô até tentou algumas ações para se ajustar ao termo. Mas, infelizmente, são paliativos, até porque não se resolve a questão principal que é a superlotação. Os trens continuam superlotados e, nos dias mais quentes, o ar-condicionado não funciona. E esse foi um dos principais problemas no TAC. Eles estão fazendo um trabalho de manutenção. Porém, não conseguiram resolver o problema.
 

Apesar do suposto descumprimento de termos - apontado pelo sindicato -, a MetrôRio não foi multada. O R7 procurou o Ministério Público, mas não localizou o promotor responsável pelo caso.
 

A assessoria de imprensa da MetrôRio informou que a concessionária vem cumprindo todos os termos acordados no TAC, com medidas para evitar a superlotação, os intervalos irregulares, as falhas mecânicas e outros problemas. Entretanto, a empresa não detalhou quais são essas medidas.


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