"Bike vai ser o melhor transporte durante a Olimpíada"

No Rio de Janeiro, há bicicletários disponíveis a uma quadra de cada instalação olímpica, avisa Zé Lobo, da Transporte Ativo

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Fonte: Mobilize Brasil  |  Autor: Marcos de Sousa / Mobilize Brasil  |  Postado em: 22 de julho de 2016

 

Bike, a forma mais rápida de se deslocar aos Jogos, aposta Zé Lobo. Foto: Raphael Lima/ PMRJ

 

Bombou nas redes sociais a imagem do cartaz da Rio 2016 pedindo aos torcedores que não utilizem bicicletas, skates e patins para se deslocar até os locais das competições.

 

O texto dizia o seguinte: "Evite utilizar bicicletas, patins, patinetes, skates e similares para chegar aos locais de competição. Você não poderá entrar com eles nas instalações e não haverá local para guardá-los. “

 

Imediatamente, dezenas de sites e blogs passaram a replicar a mensagem, surpreendente para uma cidade que ostenta centenas de quilômetros de ciclovias e o maior sistema de bicicletas compartilhadas do país. Como explicar que ao sediar o maior evento esportivo do mundo o Rio de Janeiro desestimule a mobilidade ativa?


 

 

"Foi um vacilo de quem produziu a mensagem", avalia o cicloativista Zé Lobo, diretor da ONG Transporte Ativo, que tem sua sede e principal área de atuação na cidade do Rio de Janeiro. 

 

Ele prevê que a bicicleta vai ser - sem dúvida - a forma mais rápida, eficiente e confortavel de transporte na cidade durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Durante os jogos, as autoridades implantarão as faixas seletivas - exclusivas para a circulação de atletas e organizadores dos jogos -  medida irá roubar ainda mais espaço do tráfego já conturbado. "O trânsito do Rio de Janeiro é um caos cotidiano e com a Olimpíada certamente essa situação vai piorar, a menos que os cariocas fujam para outros lugares", prevê Zé Lobo. 

 

A saída, portanto, vai ser a bicicleta, que poderá sim ser usada para a ida aos locais de competição, afirma o ativista. "É claro que não será possível entrar com a bicicleta, skates ou patins nos estádios, por motivos de segurança. Mas à exceção de Deodoro (bairro da zona oeste), existem centenas de bicicletários e paraciclos ao redor de cada uma das instalações olímpicas. Basta chegar, amarrar a bike e caminhar 100 ou 150 metros para chegar  aos jogos", diz Zé Lobo.

 

Para orientação dos torcedores que forem à Rio 2016, Zé Lobo sugere uma consulta ao Mapa Cicloviário do Rio de Janeiro, que tem dados sobre ciclovias, ciclofaixas, calçadas compartilhadas, estações de bicicletas públicas, bicicletários e também lojas e oficinas para reparos.

 

Veja o mapa em www.ta.org.br/ciclorio


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