De bike (ou a pé) para o trabalho, a escola, a vida

Pesquisas e ações ativistas mostram que a magrela e o tênis são as melhores e mais econômicas formas de transporte para as cidades. Leia o editorial do Mobilize

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Fonte: Mobilize Brasil  |  Autor: Marcos de Sousa/Mobilize Brasil  |  Postado em: 11 de maio de 2018

Na Holanda, músico leva seu contrabaixo em um bici

Na Holanda, músico leva seu contrabaixo em um bicicleta


Hoje, como já anunciamos aqui, é Dia de ir de bicicleta ao trabalho. Para alguns, todo dia é dia de bike e há quem diga que ela - com sua leveza, baixas emissões e estímulos à saúde - seja a salvação do planeta. Até a ONU rendeu-se à magrela e anunciou o dia 3 de junho como o Dia Mundial da Bicicleta. A organização reconheceu que “a singularidade, a longevidade e versatilidade da bicicleta representa um meio de transporte fácil, acessível, confiável e sustentável, promovendo a preservação ambiental e de saúde”. 

 

Nós aqui do Mobilize gostamos (muito) de pedalar e vemos a bike como um dos elos mais eficientes de qualquer rede de mobilidade. Como o automóvel, a bicicleta pode levar uma pessoa de um ponto a outro da cidade numa boa velocidade, em distâncias em torno de 10 km, sem grandes desgastes, e com enormes vantagens para as pessoas e suas cidades. Um carro, um simples modelo popular, pesa uma tonelada, exige motores de 50 cavalos  (36.800 W), ocupa muito espaço na rua, queima muito combustível, emite poluentes e faz mal para a saúde de seu dono e da cidade onde ele vive. A bicicleta  - mesmo um modelo elétrico  - roda com menos de 500 W, é leve, compacta, ajuda na saúde etc. etc. E é barata.

 

Ontem (10), um trabalho realizado pelo Cebrap com apoio do Itaú revelou alguns dados relevantes sobre o potencial de transformação que as bicicletas podem trazer para as cidades brasileiras. O estudo, muito complexo e profundo, foi feito em São Paulo e revela que a cidade poderia economizar perto de 1 bilhão de reais por ano com a adoção das bicicletas. Além de impactos econômicos, o trabalho apontou ganhos nas áreas de saúde e meio ambiente, mas revelou que metade dos paulistanos tem medo de usar bicicletas por conta dos riscos de acidentes. Com mais ciclovias, bicicletários e estruturas de apoio, porém, a adesão tende a aumentar em todas as faixas de renda, indica a pesquisa. 

 

O estudo do Cebrap reitera as conclusões do artigo de Guilherme Pffefer, que sugere a adoção de bicicletas no transporte escolar, com grande economia de recursos e outros ganhos sociais. Numa análise, que tomou apenas os alunos de duas séries do 1º Grau no Rio de Janeiro, o artigo indica uma poupança de 90 milhões de reais por ano. 

 

Para concluir, e para quem não anda de bicicleta, lembramos que caminhar é a forma mais leve, natural e sustentável de transporte urbano. E destacamos a iniciativa Bonde Cultural a Pé, do Corrida Amiga, realizada com crianças de escolas públicas em São Paulo. Os ativistas saem às ruas com grupos de alunos e seus professores para ver, vivenciar e discutir os problemas presentes e o futuro das cidades. Vamos com eles :-)

 

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