Dória quer revogar cancelamento de concessão de linha do Metrô SP

Governador eleito pretende rever a solução dada pela administração atual para o imbróglio entre Metrô em empreiteiras

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Fonte: Rádio Bandeirantes/Mobilize Brasil  |  Autor: Marcos de Sousa / Mobilize Brasil  |  Postado em: 17 de dezembro de 2018

Imagem aérea mostra poços de entrada das máquinas

Imagem aérea mostra canteiro e poços na Freguesia do Ó

créditos: Metro SP

O governador eleito de São Paulo, João Doria, disse que vai revogar o cancelamento da concessão da Linha 6-Laranja do metrô de São Paulo.

 

A declaração foi feita hoje (17) em entrevista à Rádio Bandeirantes. Na semana passada, o atual governador Marcio França decretou a caducidade da Parceria Público-Privada com a concessionária Move São Paulo, que reunia as empreiteiras Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC. Com a decretação da caducidade da PPP, o governo estaria, ao menos teoricamente, livre para iniciar uma nova licitação para concessão do empreendimento. 

 

Em novembro, segundo notícia veiculada pelo jornal Folha de São Paulo, Dória estudava a possibilidade de  resolver o problema por meio de uma licitação convencional: a Companhia do Metrô assumiria a gestão do projeto e contrataria empresas divididas por lotes, como foi realizado no projeto da Linha 5 Lilás,, que foi inaugurada há dois meses. 

 

A Linha 6 - Laranja vai ligar o distrito de Brasilândia (região noroeste da capital) à estação São Joaquim da Linha 1-Azul, na região central, com trajeto de 19 km, 15 estações conexões com duas linhas (7 e 8) de trens urbanos  e com a Linha 4-Amarela do metrô. O custo total do projeto era estimado na época em R$ 9 bilhões. A obra foi anunciada às portas das eleições estaduais de 2008 e tinha previsão de conclusão parcial em 2012. No entanto, os trabalhos efetivos somente começaram em 2015.

 

Linha 6 do metrô irá do centro (São Joaquim) à zon
Mapa da futura Linha 6 Laranja: Brasilândia (Noroeste) até São Joaquim, no Centro Imagem: Governo do Estado de São Paulo

 

 

Obras paradas
Um ano depois as atividades foram paralisadas, supostamente pela dificuldade das empreiteiras em obter empréstimos por estarem envolvidas em esquemas de corrupção, inclusive envolvendo a campanha do ex-governador Geraldo Alckmin. Ante o imbróglio, a concessionária Move tentou atrair duas empresas estrangeiras  - a espanhola Cintra Ferrovial e a chinesa China Railway Engineering Corporation  - para concluir a obra.  Ambas recusaram o convite.

 

Entre 2008 e 2014 o governo paulista gastou R$ 984 milhões para as desapropriações, gasto 46% maior do que o previsto. Além disso, o governo investiu R$ 1,7 bilhão nas obras hoje paralisadas, dos quais R$ 680 milhões vieram dos cofres paulistas cerca de R$ 1 bilhão de empréstimos ao BNDES. 

 

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