Cuidado! Há também fiação exposta e esgoto pelo caminho. Tenha paciência, motorista: há carros estacionados irregularmente e fechando passagens, além de acúmulo de lixo. Trajetos como esses, aos tropeços, fazem parte da rotina dos cariocas, que diariamente se deparam com focos de desordem em cada esquina do Centro do Rio. A ‘Blitz do Dia’ constatou que uma simples caminhada pela região central da cidade pode se tornar uma verdadeira via crúcis.
Na Central do Brasil, onde circulam 600 mil pessoas diariamente, entre passageiros de trens e de ônibus, a lista de reclamações só cresce: “É um inferno! No entorno da estação, há carro em local proibido, morador de rua, ambulante e lixo na calçada. O jeito é andar pelo meio da rua”, queixou-se a estudante Karen Araújo, de 23 anos.
“Tudo tem que ser melhorado aqui. É preciso fiscalização e tirar os ambulantes, a sujeira, morador de rua”, pontuou a estudante Iasmin Costa, 19 anos. Na localidade, equipe do jornal flagrou diversas irregularidades nas ruas Barão de São Felix e Marcílio Dias e na Praça Cristiano Ottoni.
Na Cinelândia, problemas como motocicletas estacionadas sobre calçadas, além de população de rua, contribuem para a desordem geral. Um dos flagrantes ocorreu na Rua Alcindo Guanabara. “Apesar da importância histórica e de abrigar o Theatro Municipal, a Biblioteca Nacional e a Câmara dos Vereadores, não vejo preocupação com a região”, lamenta a advogada Maria Cristina Barros, 63 anos.
Já na Rua da América, no Santo Cristo, pedestres são obrigados a desviar de esgoto a céu aberto, além de correrem riscos com fios de rede elétrica expostos. “Digo que aqui é da lama ao caos. Os moradores sofrem com o descaso”, lamenta a bancária Juliana Martins, 31. A via também é foco de congestionamentos, devido à pista estreita e ao grande fluxo de veículos.
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