Pé de Igualdade

11
March
Publicado por admin no dia 11 de March de 2015

Nesta semana uma foto postada nos grupos do Facebook suscitou um debate indignado. Pessoas clamavam sobre a falta de responsabilidade da prefeitura de SP em pintar ciclofaixa numa rua, provavelmente de um bairro de periferia, onde não ha calçada, ao invés de se preocupar em construí-la. Manifestavam grande preocupação com moradores, principalmente criancinhas, expostos ao alto risco de serem atropelados por bicicletas assim que saíssem da porta de suas casas.

 

Estas pessoas tem toda razão, não há calçada na via, a porta das casas dá direto no asfalto. Só que não pensaram que antes do aparecimento da mal-falada ciclofaixa os moradores arriscavam-se a serem atropelados pelos tráfego motorizado assim que pisassem fora de suas casas. Do outro lado da mesma rua esta situação permanece, mas sem causar qualquer indignação.

 

Ruas como esta há aos montes em São Paulo, principalmente nos bairros de periferia. Esta situação persiste há anos, talvez séculos, sem que cause incômodo à opinião pública suficiente para gerar protestos. Mas basta aparecer uma intervenção voltada à mobilidade cicloviária, que apesar de ainda minoritária consegue seu espaço graças ao trabalho de articulação de seus usuários, para finalmente sensibilizar as pessoas em relação às necessidades e carências relativas à mobilidade a pé.

 

Uma lógica invertida, mas de qualquer forma, muito benvinda!

 

Onde não há ciclofaixa, também não há reclamação da ausência de calçadas

Onde não há ciclofaixa, também não há reclamação da ausência de calçadas



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