Usuário espera 40 minutos por ônibus em bairro paulistano

Reorganização de linhas de ônibus deixaram passageiros sem opções de transporte

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Fonte: Diário de S. Paulo  |  Autor: Filipe Sansone  |  Postado em: 03 de dezembro de 2013

A analista de cobrança Carla Matias Selestina espe

A analista Carla Matias Selestina esperou meia hora

créditos: Gustavo Epifanio/Diario SP

 

Na manhã desta segunda-feira (2), o MPL (Movimento Passe Livre) organizou, junto com os moradores da região da Estrada do M´Boi Mirim, na Zona Sul da capital, um protesto no pátio operacional da SPTrans, no Pari, Centro, contra os contínuos cortes de linhas de ônibus na via, que é a principal ligação entre a área do Jardim Ângela e a Marginal Pinheiros.

 

O jornal Diário de S. Paulo esteve na tarde desta segunda na M´Boi Mirim, na altura do Largo da Piraporinha, e acompanhou três passageiros que aguardavam o coletivo no sentido bairro da via para voltar para casa. A espera debaixo do sol variou de 28 a 40 minutos. Todos disseram que esse tempo é considerado normal.

 

A analista de cobrança Carla Matias Selestina, de 29 anos, estava com os filhos Bryan, de 9 anos, e Lorena, de apenas 3 meses, além da sobrinha Yasmin, de 4 anos.

 

Os quatro aguardavam o veículo que faz a linha Metrô Jabaquara/Jardim Guarujá (675Z-10). A família chegou às 13h42 ao ponto, três minutos após o coletivo passar por lá. Eles tiveram de aguardar até as 14h09 para que o próximo coletivo da mesma linha passasse.

 

“Isso é sempre assim. E não tem outra opção para ir ao Capão Redondo da M´Boi Mirim”, reclama Carla, indignada.

 

A podóloga Delaine Silveira Mendes, de 33 anos, desistiu de esperar o ônibus Terminal João Dias/Jardim Maracá (7021-10) por causa da demora. “O normal é esperar até 40 minutos. Isso não dá”, afirmou.

 

MPL  reclama de falta de diálogo

O protesto organizado pelo MPL (Movimento Passe Livre) contou com cerca de 30 pessoas. Elas foram até o pátio da SPTrans, no Pari, Centro, e queimaram uma catraca. De acordo com Leonardo Cordeiro, integrante do MPL, o protesto foi simbólico para representar a falta de diálogo entre os técnicos da SPTrans e os moradores do M’ Boi Mirim.

 

SPTrans alega que reestruturação é necessária

Em nota, a SPTrans informou que a reorganização no sistema de transporte coletivo na capital vem sendo realizada de forma gradativa e inclui ações como seccionamento, criação de linhas ou correções de itinerários. A empresa municipal diz que “as mudanças fazem parte de uma necessária reestruturação da rede que irá melhorar a oferta de ônibus e ao mesmo tempo oferecerá aos usuários alternativas de trajetos mais curtos e com maior racionalização do uso do Bilhete Único”. O comunicado da empresa também disse que “a linha 6006/10 opera com intervalo médio programado de 7 minutos no pico da manhã e 8 minutos no da tarde. Já  a linha 675Z/10 tem intervalo médio programado de 4 minutos no pico da manhã e 7 minutos no da tarde.

 

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