Regiões Metropolitanas podem fazer mais
2.500 km de transporte rápido até 2054

Estudo do BNDES e Ministério das Cidades apresenta projetos em 21 RMs e aponta potencial de ampliação das redes de trens, metrôs e ônibus urbanos

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Fonte: BNDES / Min. das Cidades  |  Autor: Mobilize Brasil  |  Postado em: 15 de julho de 2025

Capa do Boletim 4 do Estudo Nacional de Mobilidade

Capa do Boletim 4 do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana

créditos: Reprodução

A região metropolitana de São Paulo (RMSP) tem potencial para ampliar em 563 km sua rede de transporte público coletivo de média e alta capacidade até 2054, alcançando 1.309 km de expansão e ampliando de 8,9 milhões para 13,3 milhões o número de pessoas que utilizam diariamente corredores de transporte mais eficientes. A rede atual conta com 746 km de extensão.


Os dados estão detalhados no Boletim Informativo nº 4 do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério das Cidades.


Somadas, as 21 maiores regiões metropolitanas do país têm potencial para expandir em cerca de 2.500 km as redes de transporte urbano até 2054. São elas: Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Santos, Campinas, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Goiânia, Distrito Federal, Salvador, Maceió, Recife, João Pessoa, Natal, Teresina, São Luís, Fortaleza, Belém e Manaus. As 21 regiões têm hoje 2.007 km de redes de transporte público rápido.



Redes atuais de transportes (azul) e ampliações em estudo (amarelo) Fonte: BNDES


No caso da Região Metropolitana de São Paulo, a ampliação prevista seria feita por meio da expansão em 147 km do sistema de metrô, mais 96 km da rede de trens urbanos, 257 km de BRT ou VLT e 64 km de corredores exclusivos de ônibus. Na região, a chamada Rede Futura elevaria de 22% para 49,6% o percentual da população que reside em um raio de até um quilômetro de estações de transporte rápido, sobre pneus ou trilhos. Esse indicador de proximidade foi estabelecido pela organização global Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP).

 

“Na região metropolitana de São Paulo, o BNDES está financiando o maior projeto de mobilidade urbana em implantação na América Latina, a Linha 6-Laranja. Com R$ 12,3 bilhões de crédito, o projeto vai atender a mais de 600 mil passageiros por dia. E neste ano, o BNDES aprovou um novo financiamento, de R$ 2,4 bilhões, para a primeira fase de expansão da Linha 2-Verde do metrô paulista (...). O investimento em corredores de transporte mais eficientes é uma política pública necessária para ampliar o acesso a oportunidades e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Além disso, contribui para o aumento da produtividade e a dinamização da economia nas grandes cidades”, afirmou Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, conforme a nota divulgada pelo banco estatal de desenvolvimento.


O Boletim nº 4 apresenta também o incremento potencial na cobertura dos serviços, com efeitos progressivos no atendimento às populações das regiões metropolitanas. Com a implantação das redes propostas pelo ENMU, cerca de 30% da população residente nesses aglomerados urbanos estarão a até um quilômetro das estações de transporte de alta eficiência. Em algumas regiões, como a Baixada Santista, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo esse benefício seria dado a 40% dos moradores. Atualmente, a média da cobertura, considerando as 21 RMs, é de 13% da população.


Segundo o Estudo Nacional de Mobilidade Urbana, as redes futuras de transporte significarão mais 2.500 km de metrôs, trens urbanos, VLT, BRT e corredores exclusivos de ônibus. O estudo prevê mais 323 km de linhas de metrô, 96 km de trens urbanos, 1.930 km de sistemas de BRT, VLT ou monotrilho, e 157 e corredores de ônibus. 

 

Detalhamento de projetos
Entre junho e agosto, o foco do ENMU será a elaboração do Banco de Projetos, com o detalhamento das quase 200 propostas que compõem as redes futuras. Essa etapa incluirá as estimativas de investimentos, custos, receitas, benefícios e as avaliações econômicas e financeiras preliminares. Esse conjunto de informações contribuirá para o planejamento de médio e longo prazo dos entes públicos, permitindo uma análise estratégica para priorização dos investimentos em cada localidade.


Saiba mais:
O Boletim Informativo nº 4, com os resultados parciais do ENMU, está disponível no endereço www.bndes.gov.br/enmu. No mesmo site é possível consultar os boletins anteriores.

 


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