Um ano após a inauguração do Bus Rapid Transit (BRT) Norte-Sul na capital goiana, quem trafega pelo corredor de ônibus entre os terminais Recanto do Bosque e Isidória gasta o mesmo tempo que levava antes da inauguração do sistema. A promessa era de redução entre 30 e 40% no tempo de deslocamento. As linhas convencionais, no entanto, que também passaram a usar o corredor, tiveram redução média de 5 minutos em seus trajetos, segundo apurou reportagem da imprensa de Goiás.
O órgão responsável pelo planejamento e fiscalização do sistema, no entanto, afirma que o tempo de viagem entre os dois terminais teria sido reduzido em média em 12 minutos. No entanto, os dados da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) se referem a deslocamento realizado durante a semana, entre 6h e 7h, antes do horário de pico da manhã. Ainda segundo o órgão municipal, também houve pouca variação quanto à demanda neste ano de operação.
Em entrevista ao jornalista Vandré Abreu, de O Popular, a professora Erika Kneib, da Universidade Federal de Goiás , afirma que “a melhoria da mobilidade urbana de uma região metropolitana pressupõe um conjunto de ações simultâneas e integradas de transporte e uso do solo”, ou seja, se não vier acompanhada de outras intervenções mais amplas, apenas o BRT não teria condições de gerar ganhos em âmbito geral.
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