Para pesquisadora, obras de mobilidade urbana para Copa não beneficiam maior parte da população

Para a professora e pesquisadora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, Ermínia Maricato, obras não focam em transporte coletivo

Notícias
 

Fonte: Pulsar Brasil  |  Autor: Da redação  |  Postado em: 31 de outubro de 2013

Principal legado serão os elefantes brancos

Principal legado serão os elefantes brancos

créditos: Reprodução

 

De acordo com Ermínia, o transporte público no Brasil vive um apagão desde os ano 80. Ela explica que por meio de um ideário neoliberal tivemos um recuo nos investimentos públicos nas principais políticas urbanas como saneamento, habitação e transporte coletivo.

 

A maior parte das viagens realizadas dentro das cidades se faz da casa ao trabalho por meio de transporte coletivo. No entanto, a maioria dos investimentos nas obras de mobilidade urbana não são direcionados a esse tipo de transporte, utilizado principalmente por trabalhadores. Ela ainda ressalta que a questão do transporte público só foi colocado em pauta a partir de junho deste ano, com as manifestações.

 

De acordo com o governo os investimentos públicos e privados em mobilidade urbana somam 8,9 bilhões de reais e tem “o objetivo de ampliar e modernizar a infraestrutura em regiões metropolitanas do País, para o benefício da população”.

 

Para Erminia Maricato, o principal legado que as obras de infra estrutura deixará aos brasileiros serão os elefantes brancos, como grandes estádios de futebol, a expeculação imobiliária e a expulsão de comunidades pobres do local onde habitam.

 

Leia também:

Frota nacional de veículos em 2020 deverá ser 75% maior

O nó da mobilidade

Brasileiro gasta (em média) 30 minutos para ir ao trabalho

 


  • Compartilhe:
  • Share on Google+

Comentários

Nenhum comentário até o momento. Seja o primeiro!!!

Clique aqui e deixe seu comentário