Dia 28 de junho de 2015 vai ficar na memória dos paulistano como o dia onde a Paulista foi totalmente aberta para as pessoas.
A inauguração da ciclovia permanente somada à domingueira ciclofaixa de lazer, mas principalmente o fechamento da avenida ao motorizado, fez com que fosse possível às pessoas desfrutar do mais mais emblemático espaço público da cidade, através de atividades desenhadas pela simplicidade e proximidade, onde os apressados passos do dia a dia foram substituídos por sorrisos, abraços e quebras de resistências.
Pic Nic e arte na calçada para todos Créditos: Meli Malatesta
Por esse motivo quem anda a pé ou quem acredita nos modos de mobilidade baseados no corpo humano deve apoiar a política cicloviária paulistana em vigor. Seu significado de quebra de paradigmas é elemento indutor ao abandono da situação de zona de conforto da caixa metálica. Mas seu maior trunfo é, sem sombra de dúvidas, o resgate dos espaços públicos ao convívio real entre as pessoas na cidade.
Muita gente descobriu ou lembrou que a vida fora de seus automóveis tem qualidade muito superior e quer repetir a incrível experiência de fazer pic nic no chão da Paulista sem medo de ser feliz, porque que a cidade se mostrou viva como nunca.
Fim do dia e pai relutante em devolver a avenida dita o ritmo da abertura ao tráfego
Crédito: Meli Malatesta
Meli Malatesta (Maria Ermelina Brosch Malatesta), arquiteta e urbanista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e com mestrado e doutorado pela FAU USP. Com 35 anos de serviços prestados à CET – Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo, sua atividade profissional foi totalmente dedicada à mobilidade não motorizada, a pé e de bicicleta. Atualmente, ministra palestras e cursos de especialização em Mobilidade Não Motorizada além de atuar como consultora em políticas, planos e projetos voltados a pedestres e ciclistas.