Prefeitos da Grande Florianópolis assinam pacto para mobilidade

Plano inclui implantação de BRT, ciclovias e transporte marítimo na região. Investimentos podem chegar a R$ 4,6 bilhões

Notícias
 

Fonte: G1 SC  |  Autor: G1 SC  |  Postado em: 19 de abril de 2016

BRT também está previsto para a BR-101

BRT também está previsto para a BR-101

créditos: Reprodução/Pacto Metropolitano

 

Prefeitos de seis municípios da Grande Florianópolis assinaram o pacto metropolitano para implantação do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Grande Florianópolis (Plamus) na tarde desta segunda-feira (18). Entre as ações previstas estão ciclovias, transporte marítimo e corredores exclusivos de ônibus (BRTs). Os investimentos podem chegar a R$ 4,6 bilhões.

 

O estudo técnico teve como objetivo apresentar soluções para os problemas de mobilidade urbana dos 13 municípios da Grande Florianópolis: Anitápolis, Rancho Queimado, São Bonifácio, Angelina, Antônio Carlos, Águas Mornas, São Pedro de Alcântara, Santo Amaro da Imperatriz, Biguaçu, Governador Celso Ramos, São José, Palhoça e a capital Florianópolis.

 

O Plamus foi apresentado no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis. Assinaram o pacto os prefeitos da capital, Antônio Carlos, Biguaçu, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz e São José. 

 

Prazo para implantação das ações do Plamus existe apenas para o BRT - principal ação do plano -que deve ser parcialmente executado até 2018; mas, segundo a Secretaria de Estado do Planejamento, as assinaturas já viabilizam o início das conversas para realizar as demais ações descritas no plano. 

 

Ações do Plamus

Entre as medidas de curto prazo sugeridas para melhorar o tráfego entre a Ilha e o Continente, em Florianópolis, está a licitação de um serviço de guincho e integração dos órgãos de gestão de trânsito nos níveis federal, estadual e municipal para dar respostas rápidas a acidentes na região metropolitana. Outra medida é melhorar a sinalização e eliminar os entrelaçamentos nas pontes.

 

Para a Via Expressa, as sugestões de curto prazo são implantação de terceiras faixas, melhorias na geometria dos acessos e integração da operação com as pontes.

 

Modificações na Via Expressa estão previstas. Imagem: Pacto Metropolitano  

 

No caso do transporte marítimo, já foram autorizadas pelo Departamento de Transportes e Terminais (Deter) cinco rotas: da Praia de São Miguel, em Biguaçu, até a Praia de Canasvieiras, em Florianópolis; Ponte Três Henriques, em São José, até Cacupé, em Florianópolis; da Barra de Aririú, em Palhoça, para a Beira Mar de São José e depois até o trapiche da Baía Sul (no Centrosul), em Florianópolis; da Praia de Fora, em Palhoça, até a Praia de Laranjeiras, na Tapera, em Florianópolis; da Praia de Fora até a Costeira do Ribeirão da Ilha, em Florianópolis.

 

Rotas do transporte marítimo (em azul) e rotas do BRT (vermelho). Imagem: Pacto Metropolitano

 

Rodovia vai virar avenida

Para a SC-401, em Florianópolis, a ideia é transformar a rodovia em avenida. Além das faixas exclusivas para ônibus e ciclistas, a via deverá ter semáforos. O limite de velocidade também deve ser reduzido, de 80 km/h para 60 km/h.

 

O Plamus foi elaborado após dois anos de estudos. Foram feitas pesquisas como contagem de veículos e frequência e ocupação de ônibus. O conteúdo completo dos 19 relatórios, somando mais de 5 mil páginas, está disponível para consulta. O relatório final pode ser encontrado no site do BNDES. Outros documentos relacionados também podem ser achados na página.

 

Investimentos

Para a realização das ações, estão previstos investimentos que podem alcançar R$ 4,6 bilhões. Desse total, 48% seria para o BRT, 36% para obras na estrutura, 8% para a Ponte Hercílio Luz, 5% para obras viária e 3% para ciclovias. Devem ser usados recursos tanto dos municípios quanto do estado, do governo federal e da iniciativa privada. A maior parte está em fase de projeto.

 

Além de medidas para melhorar a mobilidade urbana, a intenção é estender essa parceria entre as prefeituras para soluções integradas em outras áreas. "Esse acordo é um reconhecimento dos municípios de que algumas ações que poderiam ser executadas individualmente serão feitas de forma coletiva pela Superintendência de Desenvolvimento da Região Metropolitana. Assim, questões como mobilidade, saneamento e resíduos sólidos, que afetam todos os nove municípios da Grande Florianópolis, terão soluções integradas", comentou o secretário de Estado do Planejamento, Murilo Flores.

 

Leia também:

Barco é alternativa de mobilidade em Florianópolis 

Risco e falta de espaço para quem pedala pela SC-403, em Florianópolis

Estudo chama atenção para a falta de mobilidade em Florianópolis


  • Compartilhe:
  • Share on Google+

Comentários

Nenhum comentário até o momento. Seja o primeiro!!!

Clique aqui e deixe seu comentário