Trólebus "desplugados" circulam 7 km no centro de SP

Novos carros têm autonomia para rodar sem a alimentação da rede. Veículos são produzidos no país, com chassi e componentes nacionais

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Fonte: Eletra  |  Autor: Da redação  |  Postado em: 20 de agosto de 2013

Cada veículo tem capacidade de transportar 101 pas

Veículo é capaz de transportar 101 passageiros

créditos: Samuel Tuzi / Via Trolebus

 

A cidade de São Paulo já conta com novos trólebus com sistema autônomo para se deslocar até sete quilômetros sem rede aérea. Os novos veículos têm tecnologia nacional e passaram recentemente pelo teste de interrupção de energia, sem a necessidade de parada para aguardar o retorno do sistema.

 

Segundo a fabricante dos veículos, a Eletra, 60 novos trólebus serão entregues para a operadora do sistema na cidade de São Paulo até o final de agosto, mas a maioria já está em circulação no município. O contrato prevê a produção de 50 sistemas para trólebus de 15 m, com chassi Scania e carroceria Induscar/Caio. Esses veículos contam com motor de tração WEG, com tecnologia e componentes 100% nacionais, segundo a fabricante.


 

 

Os veículos possuem três eixos e capacidade total para 101 passageiros, com piso baixo e rampa de acesso para idosos e cadeirantes. O usuário conta ainda com local para fixação de cadeira de rodas e espaço para cão-guia acompanhante de pessoas com limitações visuais. A iluminação é por meio de lâmpadas de LED. 

 

Trólebus

É um veículo tracionado por motor elétrico cuja única fonte de geração de energia é a rede aérea de distribuição. Essa tecnologia tem como grande mérito a emissão zero de poluentes, já que não utiliza motor a combustão. A redução da emissão de gases do efeito estufa melhora em muito a qualidade de vida nos centros urbanos pela não-emissão de fumaça (material particulado), que, segundo dados divulgados pelo Banco Mundial, é o poluente mais nocivo à saúde da população local.

 

Os benefícios da não-emissão refletem em todos os habitantes com a diminuição de doenças cardíacas, respiratórias, alérgicas, entre outras. Estudos mostram que até o estresse tem causa na má qualidade do ar.

 

Os trólebus não têm câmbio, a frenagem é elétrica e toda a operação é controlada eletronicamente. O gerenciamento eletrônico reduz significativamente o custo da operação, garantindo mais agilidade na manutenção e maior durabilidade dos componentes.

 

Ainda segundo a fabricante, a aceleração controlada eletronicamente evita os trancos comuns em ônibus díesel. Além disso, o ruído, interno ou externo, é baixo, reduzido em até 50%, e o condutor do veículo trabalha com muito mais conforto, bem estar e tranquilidade, o que se reflete no tratamento com o passageiro e na condução do veículo.


 Trólebus nacionais desde 1958


 Os primeiros trólebus começaram a operar em São Paulo em 1947, com fabricação norte-americana, da Westinghouse.  Gradativamente, a frota foi sendo completada com veículos alemães e ingleses, chegando a 155 trólebus importados. 

  
 Em 1958, a Companhia Municipal de Transportes Coletivos (CMTC) adquiriu os primeiros 10 trólebus nacionais, fabricados pela  Grassi/Villares (o primeiro modelo de trólebus fabricado em nosso país). Cinco anos depois a própria CMTC passou a fabricar ônibus  em suas oficinas, incluindo os trólebus, com chassi e componentes da fabricante Metropolitana, segundo informações do site  Trolebus Brasileiros (www.trolebusbrasileiros.com.br). 


  
 Trólebus Grassi/Villares, o primeiro fabricado no Brasil  

 

 A frota continuou a crescer até os anos 1980, quando a municipalidade reduziu investimentos no transporte coletivo, até a  privatização total do sistema em 1994. 
 

 

 

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