Em Cuiabá, secretário se 'estressa' com VLT e manda abrir desvio

Autoridade toma decisão após reclamar da falta de diálogo de parte do consórcio que executa as obras do Veículo Leve Sobre Trilhos na capital do MT

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Fonte: Gazeta Digital  |  Autor: Priscilla Silva  |  Postado em: 13 de outubro de 2014

SMTU - Cuiabá

Obras do VLT atrapalham o trânsito, reclama prefeitura

créditos: News Cuiabá

 

Por ausência de resposta do consórcio do VLT, o secretário municipal de Trânsito e Transporte Urbano (SMTU), Antenor Figueiredo (PR), decidiu, por conta própria, reabrir o desvio para quem sai da avenida Juliano Costa Marques, em Cuiabá. O titular da pasta declarou que por duas vezes esteve reunido com representantes do consórcio para receber o plano de ação de recuperação do viaduto Jamil Boutros Nadaf, o da Sefaz, mas não obteve retorno. Os trabalhos para a liberação do acesso devem iniciar a partir desta segunda-feira (13).

 

“Nós já chamamos o consórcio do VLT para duas reuniões e até hoje eles não nos apresentaram o plano de ação de recuperação do viaduto. Ou seja, não podemos fazer nenhuma intervenção, melhor, não podíamos fazer nenhuma intervenção sem que eles falassem como será esse plano. Porém, a partir da semana que vem vamos fazer por conta da secretaria. E o VLT se quiser fazer um plano de ação ele vai ter que respeitar o que a secretaria fez”.

 

O secretário explica que o antigo desvio para quem sai da avenida Juliano Costa Marques e entra na avenida Historiador Rubens de Mendonça, a do CPA - sentido centro - deverá ser reaberto pela prefeitura. Além de reaproveitar a abertura já existente no canteiro central, a prefeitura também irá instalar um semáforo na Juliano Costa Marques para o controle do trânsito no local.

 

“Queremos abria uma alça de acomodamento, colocar fluidez no trânsito. Estamos querendo fazer uma abertura no canteiro. A alça de acomodação é uma via que não atrapalha a via normal. Além disso, um segundo semáforo será instalado ao lado do shopping pantanal”.

 

Atualmente, o motorista que pretende seguir a avenida do CPA sentido centro precisa realizar o retorno em frente à praça das bandeiras. Alguns, mais apressados, fazem o desvio na contra mão logo depois do viaduto.

 

“É preciso de uma intervenção ali. Eu não fiz isso ainda porque uns falam que vai colocar escora no viaduto, outros falam que não e eu acho que o tempo esgotou e eu não vou ficar sujeito ao VLT”, assevera Antenor.

 

Dor de cabeça

Antenor Figueiredo declarou que atualmente a maior dor de cabeça da sua gestão tem sido as obras do VLT. Ele reclama da ausência de comunicação do consórcio antes da execução das obras. Nesta quarta-feira (08), outra obra do VLT foi paralisada pela secretaria de Trânsito. Eram quase duas horas da tarde quando o secretário se deparou com uma obra de drenagem na avenida Tancredo Neves.“Eu pessoalmente mandei parar. Na Tancredo Neves fizeram a obra sem a nossa autorização, às duas horas da tarde”.

 

Antes de executar qualquer obra que demande intervenção no trânsito, o consórcio VLT precisa solicitar uma autorização junto à secretaria de Trânsito. Somente depois desta formalização e auxilia de agentes de trânsito o trabalho pode ser executado. “Eles fazem ao contrário, começam a obra e depois vai pedir autorização e assim não funciona”, queixa-se. Recentemente a Prefeitura de Cuiabá exigiu do consórcio VLT a liberação da avenida Dom Bosco e da 15 de Novembro com a Prainha.

 

“Nós pedimos para que eles liberassem algumas vias como a avenida Dom Bosco que já foi liberada, porque este ano não vai ter mais obra do VLT naquele local. Assim, como a 15 de Novembro com a Prainha, onde tinha um estreitamento da via que passava um carro por vez, eu mandei que eles abrissem de vez ou recuperasse a Prainha de volta. Enquanto eles não executam a obra eu n posso fica com o meu trânsito de cabeça para baixo”.

 

Sobre os constantes transtornos causados com a construção do modal de mobilidade urbana, Antenor desabafa; “Eu acho que essa será a minha briga com eles até dezembro”

 

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