CyclingMax, uma ferramenta para calcular os ganhos trazidos pelas ciclovias urbanas

Trabalho (em inglês) publicado pelo Banco Mundial mostra e quantifica os ganhos obtidos com a infraestrutura cicloviária em cidades do mundo, incluindo as brasileiras Itajaí, Recife e São Paulo

Cycling Max: ferramenta para avaliar o investiment

Cycling Max: para avaliar o investimento em ciclovias

créditos: Reprodução

Autor: Banco Mundial e ITDP*

Assunto: Artigos técnicos

Abrangência: Internacional

Ano: 2025

O trabalho é baseado em análises realizadas por meio da ferramenta de cálculo CyclingMax, desenvolvida pelo Banco Mundial em parceria com o ITDP para ajudar os tomadores de decisão a avaliar os benefícios econômicos de investimentos em infraestrutura cicloviária. A ferramenta fornece estimativas claras e quantificáveis do valor do investimento, considerando fatores como segurança, saúde pública e benefícios ambientais.


Conforme o documento, a separação física entre ciclistas e veículos motorizados é crucial para reduzir fatalidades envolvendo ciclistas, permitindo reduções entre 25% a 40%.
Também indica que o aumento do uso de bicicletas pode levar a menos congestionamento e melhor qualidade do ar. Em terceiro lugar, o trabalho do Banco Mundial considera que a atividade física associada ao ciclismo pode diminuir a mortalidade em 9% e a mortalidade cardiovascular em 15% (OMS 2022).

 

Ganhos ambientais
A ferramenta CyclingMax também permite a quantificação dos benefícios ambientais propiciados pela substituição dos veículos motorizados por deslocamentos em bicicletas, especialmente as emissões de gases de efeito estufa e melhorias na qualidade do ar nas cidades. Esses ganhos podem ser quantificados e monetizados com base no chamado Custo Social do Carbono. A mudança para o ciclismo pode reduzir as emissões de CO2, com impactos monetários calculados com base no Custo Social do Carbono (CSC).


O levantamento do Banco Mundial mostra também que a implementação de ciclovias pode resultar em economias nos tempos de deslocamento dos ciclistas, quando comparados a viagens em carro, metrô ou ônibus.

 

Cidades analisadas
O levantamento tomou como referência Abidjan (Costa do Marfim), Adis Abeba (Etiópia), Dodoma (Tanzânia), Kampala (Uganda), Lima (Peru), além de três cidades brasileiras: São Paulo, Itajaí e Recife. Em todos os casos, o balanço mostra que o investimento em ciclovias gera um retorno positivo para as cidades.


Tomando como exemplo a cidade do Recife, o documento aponta que a capital pernambucana "enfrenta desafios de mobilidade, incluindo a falta de infraestrutura de ciclovias e a necessidade de integrar a rede cicloviária ao transporte público". Considera que o plano de mobilidade propõe uma rede de ciclovias de 591 km e aponta que a manutenção das ciclovias existentes ainda é um desafio devido à falta de financiamento. E conforme os cálculos da ferramenta, o investimento em infraestrutura cicloviária mostra benefícios significativos:

Taxa Interna de Retorno (EIRR): 91,52%.
Número de sinistros graves evitados por ano: 21,55.
Emissões de CO2 evitadas por ano: 5.147,79 toneladas.
Mortalidade reduzida devido ao aumento da atividade física: 24,29 vidas por ano.
Tempo de viagem economizado por ano: 1.246.608 horas.


*Autores: Feng Guo, Jianhe Du1, Kazuyuki Neki, Lama Bou Mjahed, Georges Bianco Darido, Wei Wang, Ana Waksberg Guerrini. 


Para obter o documento original (em inglês), acesse https://openknowledge.worldbank.org


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The Case for Cycling Infrastructure Investments
"CyclingMax, a Cost & Benefit Scoping Tool for Decision-makers" é um resumo que mostra os resultados de um cálculo de benefícios trazidos por ciclovias com o uso da ferramenta CyclingMax

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