Mulheres se destacam na condução do VLT de Santos

Cinco mulheres operam as composições do novo VLT da Baixada, no litoral de São Paulo

Notícias
 

Fonte: A Tribuna de Santos  |  Autor: Carolina Iglesias / A Tribuna*  |  Postado em: 08 de março de 2017

Hellen Camargo Neves na cabine de comando do VLT

Hellen Camargo Neves na cabine de comando do VLT

créditos: Foto: Luigi Bongiovanni/A Tribuna

Mulheres - várias delas - são esponsáveis por conduzir milhares de passageiros, todos os dias, nas viagens realizadas pelas composições do VLT da Baixada, no litoral paulista. Na função desde o final de 2015, quando o sistema de transporte ainda não operava comercialmente, a condutora Hellen Camargo Neves, de 30 anos, conta que foi devido ao seu bom desempenho na linha de ônibus municipal, que recebeu o convite para integrar o quadro de funcionários do modal.

 

“Entrei na empresa há quatro anos, quando comecei a atuar como vendedora de passagens. Depois disso, me qualifiquei e comecei a exercer a função de fiscal, mas acabei me interessando pela condução e fiquei dez meses conduzindo os ônibus municipais das linhas 5, 22 e 118, em Santos”. Convidada para participar do processo seletivo que definiria as primeiras condutoras do VLT, Hellen conta que, mesmo receosa, afinal nunca havia visto um VLT antes, aceitou o desafio e arregaçou as mangas. Afinal, muito mais do que uma motorista, ela seria uma das primeiras a conduzir o VLT na região. Queria fazer história. 

 

“Minha família ficou muito orgulhosa quando contei que havia sido selecionada. Até hoje, quando encontro um conhecido na rua, eles vêm me parabenizar. Tenho duas filhas e a mais nova, de 4 anos, já até fala que quando crescer quer ser como eu, condutora de VLT”, brinca a motorista, que continua: “Sinto orgulho em poder fazer parte deste novo veículo, que ainda fará muita história em nossa região. Ter uma mulher à frente do VLT comprova que podemos exercer qualquer função”.

 

Homenagens
E os cumprimentos não vêm só dos amigos e da família. A condutora Michele Guimarães de Freitas, de 33 anos, que há dois meses também ocupa o mesmo posto, conta que já foi aplaudida por passageiros após a jornada de trabalho. "Quando mudei a minha categoria de habilitação e virei manobrista, não esperava que um dia estaria conduzindo o VLT. Tenho muito orgulho em fazer parte desta equipe. E o reconhecimento não vem só da família, vem também dos passageiros. Hoje, eles estão mais acostumados, mas no começo, quando viam que eram mulheres que estavam por trás do veículo, batiam palmas. Espero que a função desperte o interesse em outras mulheres". 

*Adaptação: Mobilize Brasil


Leia também:
A carioca que opera o metrô da meia-noite em Salvador
Mobilidade Urbana na Perspectiva das Mulheres
Mulheres andam mais a pé e de transporte público que os homens 


  • Compartilhe:
  • Share on Google+

Comentários

Nenhum comentário até o momento. Seja o primeiro!!!

Clique aqui e deixe seu comentário