Goiânia, Fortaleza e DF adotam o "transporte público sob demanda"

Sistema é operado por empresas brasileiras de ônibus com base no aplicativo Via. Usuários agendam as viagens via celular

Notícias
Fotos
 

Fonte: Via  |  Autor: Marcos de Sousa/Mobilize Brasil  |  Postado em: 19 de fevereiro de 2020

Aplicativo organiza viagens de vans e mini ônibus

Aplicativo organiza viagens de vans e mini ônibus

créditos: Reprodução Via

Fortaleza e Brasília são as duas novas cidades brasileiras que aderiram ao sistema de "transporte público sob demanda". A primeira experiência já completou um ano em Goiânia, onde o serviço CityBus 2.0 já conta com 80 mil usuários.
 

Em dezembro de 2019, Fortaleza recebeu o TopBus +, um serviço sob demanda operado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus). E agora em abril o Distrito Federal deverá receber o CityBus DF, que circulará inicialmente na região de Samambaia, Recanto das Emas e Riacho Fundo II. A Urbi Urban Mobility, empresa do grupo HP Transportes, prestará esse serviço.
 

Os três funcionam com base no aplicativo Via, que já opera em cidades de todo o mundo para oferecer ônibus, miniônibus, vans e veículos para cadeirantes sob demanda. 
 


Área de atuação do Citu Bus 2.0 em Goiânia Reprodução Via


Em Goiânia o serviço foi iniciado experimentalmente em fevereiro de 2019, com 15 vans e expandiu-se para 40 veículos em um ano. Nesse período, a empresa contabilizou quase 1,2 milhão de quilômetros percorridos e estima-se que tenha evitado a circulação de 6.500 carros pelas ruas da cidade. Os usuários se cadastram, agendam as viagens via celular e o app organiza os trajetos de forma a atender a todos, em "pontos virtuais" espalhados pela cidade. A tarifa, em Goiânia, é variável, dependendo da distância, mas sempre a partir do valor básico de R$ 2,50, pago pelo cartão de crédito pré-cadastrado.

 

Ponto virtual
"Como é um serviço compartilhado, o cliente precisa percorrer alguns metros até o ponto virtual, o que garante viagens mais rápidas em rotas mais otimizadas", explica Hugo Santana, diretor da HP Transportes, empresa que opera os veículos. “Durante o dia, são apenas alguns passos, às vezes menos do que o caminho habitual até o local onde uma pessoa estaciona seu carro particular. À noite, tentamos reduzir a caminhada para melhorar a segurança dos passageiros”, completa Santana.


Pelo mesmo motivo - compartilhamento de veículos - o City Bus tem quatro regras que devem ser seguidas pelos usuários e que caberiam muito bem no transporte público, seja em ônibus, trens ou metrôs: 1. Esteja pronto e esperando: esteja no seu local de embarque antes de seu miniônibus chegar; 2. Evite chamadas telefônicas: limite as conversas telefônicas para emergências durante nossas viagens para não atrapalhar os outros passageiros; 3. Evite comer ou beber dentro do miniônibus: ajude a manter os veículos limpos; 4. Seja atencioso: trate seus companheiros de viagem e motoristas sempre com respeito.


Outros países
O Metrô de Los Angeles, o Transport for London (TfL), o Transport for New South Wales (TfNSW) de Sydney e o Berliner Verkehrsbetriebe (BVG) de Berlim são exemplos de empresas e cidades que trabalham com o app. Em todas as localidades onde o sistema já opera os veículos (ônibus ou vans) são fornecidos por empresas de transportes locais, alguns com acessibilidade para o transporte de pessoas com mobilidade reduzida. 

 



Para saber mais
, acesse o site da CityBus 2.0 ou o da Via

 

Leia também:
Apps do tipo "juntos" podem destruir o transporte público?
Transporte público caro e deficiente afasta usuário em Salvador
Volta Redonda (RJ) terá mais dois ônibus elétricos tarifa zero
Google Maps vai mostrar rotas que misturam múltiplos modais


  • Compartilhe:
  • Share on Google+

Comentários

Nenhum comentário até o momento. Seja o primeiro!!!

Clique aqui e deixe seu comentário