Dinheiro da mobilidade poderá ser devolvido, alerta ex-secretário

Kelps Lima teorizou que há riscos de milhões de reais reservados ao lote 01 das obras de mobilidade urbana serem devolvidos com correção monetária

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 |  Autor: Dinarte Assunção / nominuto.com  |  Postado em: 20 de dezembro de 2011

Kelps Lima, ex-titular da Semob, durante entrevist

Kelps Lima, ex-titular da Semob, durante entrevist

créditos: Delma Lopes/Nominuto.com

As intervenções de mobilidade urbana do primeiro lote de obras para a Copa do Mundo de Futebol poderão gerar prejuízo financeiro ao erário municipal, que compreende devolução de dinheiro aplicado com correção, caso as obras não deslanchem, alertou o ex-titular da Semob, Kelps Lima, em entrevista ao Jornal 96, da 96 FM.

 

"Uma obra de R$ 90 milhões não conseguiu sair na totalidade do papel. E se não sair tem que devolver o que foi gasto, com o dinheiro corrigido. E as desapropriações terão sido em vão", disse o ex-gestor em alusão ao primeiro lote das obras de mobilidade urbana da capital.

 

Kelps considerou que as intervenções não solucionam problemas de mobilidade se uma cultura sobre o assunto não for adotada pela população. Por outro lado, ele criticou a lentidão com a qual as obras são tocadas ou quando ficam inacabadas. "Vide a Ponte Newton Navarro, que hoje causa transtornos, tendo sido pensada para ser solução", comentou.

 

Como exemplo de políticas culturais ele citou uma adotada pela própria Prefeitura do Natal, o Via Livre, que hoje opera ineficientemente. "Enquanto houve carro e ônibus disputando as ruas, não há dinheiro público que resolva problemas de mobilidade urbana", defendeu ele, que não quer crer na adoção de rodízio de placas na capital potiguar.

 

Para Lima, um consórcio deveria ser criado para pensar a logística de transporte urbano de Natal e região metropolitana. "É preciso focar a cidade para o lado da Zona Norte e São Gonçalo do Amarante, porque o lado de cá já está travando", argumentou.

 

Num total, três lotes para a intervenção urbana da capital estão em andamento. Apenas um foi autorizado e está com recursos assegurados.

 

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