Bicicleta é a mais rápida em desafio intermodal em Goiânia

Ação realizada ontem (5) na capital, na hora do rush, incluiu carro, ônibus, caminhada e outros meios. Avaliou-se não só tempo do percurso, mas ainda custo e emissões

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Fonte: G1  |  Autor: Sílvio Túlio  |  Postado em: 06 de junho de 2018

Primeiro a chegar, Carlos Moura fez o percurso em

Primeiro a chegar, Carlos Moura fez o percurso em 25 min.

créditos: TV Anhanguera/Reprodução

 

Um desafio organizado pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) utilizando nove meios de locomoção diferentes apontou a bicicleta como principal alternativa em Goiânia. Além de mais rápido, o veículo também levou a melhor na disputa que dos outros dois requisitos: custo e emissão de poluentes (veja ranking abaixo).

 

Para levantar os dados, foi estipulado a seguinte forma: todos os participantes saíram do mesmo ponto e horário, na Rua C-158, no Setor Jardim América, e seguir até a Praça Cívica, no Setor Central. O percurso, de 6,2 km, foi iniciado às 17h, justamente para avaliar os efeitos do trânsito mais pesado.

 

A classificação, levando-se em conta todos os quesitos, ficou assim:

1º Bicicleta

2º Corrida

3º Caminhada

4º Moto

5º Ônibus

6º Transporte por aplicativo

7º Carro

8º Mototáxi

9º Táxi

 

Coordenador do projeto, o professor de arquitetura e urbanismo Fernando Chapadeiro anotava os dados da chegada de cada um em uma planilha. Ele explicou o intuito do desafio.

 

"O desafio é apresentar qual o modo de transporte é mais eficiente nesse deslocamento cotidiano, diário, em torno de seis ou sete quilômetros, num horário que normalmente tem congestionamento, um horário de pico”, detalha.

 

Impressões

Usando a bicicleta, o analista de sistemas Carlos Moura foi o primeiro a chegar, 25 minutos depois da partida. Apesar disso, ele fez ponderações sobre as dificuldades que os ciclistas precisam enfrentar no trânsito.

 

"A dificuldade é o trânsito de Goiânia, que não ajuda. As ruas são muito estreitas, muitos carros estacionados na lateral. E isso obriga o ciclista, algumas vezes, até subir na calçada para garantir a segurança", destaca.

 

Logo em seguida, foi a vez das atletas de corrida. A biomédica Nazaré Nascimento, também pontuou a falta de estrutura para percorrer o trajeto.

 

"O corredor muitas vezes não dá para usar a rua, então a gente usa a calçada, escura, cheia de buraco", reclama.

 

No resultado geral, o ônibus ficou em quinto lugar. No entanto, ele foi o mais demorado. A funcionária pública Jaqueline Rodrigues, que usou o meio de transporte, demorou 1h29 e citou a ineficiência do transporte público.

 

“O primeiro ônibus eu esperei 30 minutos. O rapaz que estava no ponto disse que estava muito atrasado, que deveria ter chegado a muito mais tempo e o segundo caso, passaram dois ônibus fora de serviço enquanto eu estava esperando o que é questionável", afirma.

 

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