Se dependesse do presidente dos Estados Unidos, os usuários do VLT, dos trens e dos metrôs no Rio de Janeiro teriam todos os motivos para acreditar que estão sendo sabotados. A experiência pela qual Donald Trump passou na Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, quando a escada rolante parou, é vivida diariamente pelos cariocas que utilizam o sistema público de transportes, onde os equipamentos estão sempre quebrados, desativados ou em manutenção.
Em alguns casos, como nas paradas de trem da Zona Norte da cidade, os usuários sequer se lembram que as escadas rolantes existem, de tanto tempo que se encontram paradas – pior para pessoas com mobilidade reduzida, idosos, gestantes e pessoas com deficiência, que sem o equipamento são obrigados a procurar ajuda. Segundo matéria do jornal O Globo, a escada rolante quebrada de uma estação virou depósito de lixo e entulho, enquanto que em outra ela começou a funcionar no sentido contrário até quebrar, levando uma passageira ao chão.
Entre setembro de 2024 e agosto de 2025, a Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp) recebeu 51 reclamações sobre as escadas rolantes operadas pela SuperVia e 59 do Metrô Rio. Em 2023 a SuperVia foi multada em R$469 mil pela falta de um plano de manutenção de escadas rolantes e elevadores nas estações.
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