Os transtornos no trânsito serão muitos e inevitáveis. Mas, mesmo assim, de acordo com o secretário estadual da Casa Civil do Rio de Janeiro, Régis Fichtner, a obra de construção da Linha 4 do Metrô conta com 92% de aprovação da população do Rio, em medição feita pelo Ibope.
Em entrevista nesta quinta-feira (8), no Centro de Operações Rio, o secretário destacou a importância da obra que tem inauguração prevista para o primeiro semestre de 2016.
“Há muito tempo o Rio está desacostumado a grandes intervenções, grandes alterações estruturais que requerem parceria entre o governo do estado e a prefeitura para minimizar os impactos na vida da cidade. Nos próximos 18 meses, quando serão realizadas as obras na Zona Sul, os impactos serão enormes. Mas a população entende que essa obra é fundamental para a cidade”, disse Fichtner. Por conta das obras, haverá alterações no trânsito nos bairros de Leblon e Ipanema já a partir do dia 17.
Segundo a pesquisa mostrada pelo secretário, mesmo nos bairros atingidos pelas obras, como Ipanema e Leblon, o índice de aprovação é alto: 89%. Entre as pessoas ouvidas pelo Ibope, diz Fichtner, 72% acreditam que os impactos no trânsito serão superados pelos benefícios de ter o metrô na região.
Linha 4 do metrô vai ligar a Zona Sul à Barra da Tijuca (Foto: Reprodução TV Globo )
A partir do dia 17, a obra vai impactar significativamente o tráfego viário na Zona Sul, vai ligar os bairros de Ipanema, na Zona Sul, à Barra da Tijuca, na Zona Oeste. Ao todo a Linha 4 terá 16 quilômetros de extensão e seis estações, duas delas – Jardim Oceânico e São Conrado - já estão sendo construídas. Fichtner destacou que quando começar a funcionar, o metrô terá mais 19 composições com seis carros, cada uma.
“A Linha 4 é fundamental. Ela vai transportar 300 mil passageiros/ dia e vai permitir a retirada de 2 mil veículos/hora durante os horários de pico do trânsito”, destacou o secretário.
Fichtner disse ainda que mais de 3,5 km de túneis subterrâneos já foram escavados. Para os outros 5,7 km serão escavados pelo equipamento TBM, o “tatuzão”, sem explosões ou necessidade de se abrir valas na superfície ao longo das ruas. As estações, como destacou o secretário, ficarão a uma distância de 800 metros a 1 km de distância, como na Linha 1.
“A maioria das estações será subterrânea e, como o trabalho com o ‘tatuzão’ é muito mais rápido, as obras vão ocorrer simultaneamente. O metrô tem de estar onde a população está. Ele será inserido nos bairro de densidade demográfica mais alta da Zona Sul, que são Ipanema e Leblon, trazendo conforto e mobilidade para a população”, disse o secretário da Casa Civil.
Leia também:
Ciclistas fazem 11.500 entregas por dia apenas em Copacabana
Linha 4 do Metrô na Zona Sul do Rio é entregue na Alemanha
Edital do trem-bala será publicado no dia 26 de novembro