Os casos de abuso sexual contra mulheres no metrô e na CPTM estão aumentando. A cada mês, oito mulheres registram queixa de assédio nos trens de São Paulo, segundo a Delpom (Delegacia do Metropolitano), responsável pelas ocorrências nos trens. Em 2010, eram registrados, em média, seis casos por mês.
Balanço da Polícia Civil aponta que, entre janeiro e setembro, 76 mulheres sofreram algum tipo de assédio sexual dentro dos vagões e estações - 53 no metrô e 23 na CPTM. No mesmo período, foram registrados também 2.360 furtos.
E o número de casos de assédio pode ser ainda maiores porque, envergonhadas, muitas vítimas não registram queixa.
Segundo o delegado da Delpom Valdir Rosa, é difícil combater essas ações. “Os seguranças não são capazes de coibir esse tipo de ataque. Os homens aproveitam a lotação para assediar as mulheres”, afirma.
O caso mais recente aconteceu no dia 14, quando uma estudante de 21 anos foi atacada sexualmente. Acusado, o advogado Walter Dias Junior, de 46 anos, chegou a ser preso e perdeu o cargo de corregedor da administração da Casa Civil.
Todos os dias, 6,7 milhões de pessoas circulam pelos trens. O Metrô afirma monitorar em tempo real todas as estações com 1.986 câmeras. Na CPTM, são 1.579 equipamentos.
Segundo o Metrô, a média de ocorrências é de 0,9 para cada milhão de passageiros, dentro dos padrões internacionais.
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