Cicloativistas paranaenses aprovam projeto da ciclovia Morretes-Antonina

Na ocasião também foi apresentada pesquisa que mostra que 15% das crianças de Antonina usam a bicicleta como meio de transporte até a escola (a média nacional é 3%)

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Fonte: Agência de Notícias do Paraná  |  Autor: Agência de Notícias do Paraná  |  Postado em: 16 de julho de 2015

Cicloativistas aprovam projeto da ciclovia

Cicloativistas aprovam projeto da ciclovia

créditos: Reprodução

 

Cicloativistas e técnicos da área de mobilidade urbana sustentável do Paraná aprovaram o projeto da nova ciclovia que interligará as cidades litorâneas de Morretes e Antonina. Eles participaram na terça-feira (15), no Terminal Barão do Teffé, em Antonina, de uma apresentação do projeto em uma das oficinas do 25º Festival de Inverno da Universidade Federal do Paraná.

 

“É com alegria que recebemos esta proposta de ciclovia, uma necessidade antiga dos praticantes de ciclismo, dos moradores que usam a bicicleta como meio de transporte e um instrumento de desenvolvimento para a região”, disse o vice-presidente da Federação Paranaense de Ciclismo, integrante da União dos Ciclistas do Brasil e coordenador do Programa Ciclovida, José Carlos Belotto.

 

“A partir deste momento, vamos nos somar a esta iniciativa do governo do estado, para tentar torná-la realidade. A execução desta obra é fundamental para a segurança das pessoas que pedalam na BR-277, em Morretes e em Antonina”, reforçou Belotto.

 

Projeto da ciclovia

O projeto da Ciclovia Morretes e Antonina, apresentado ao governador Beto Richa nesta semana foi contratado pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), por meio do terminal Ponta do Félix. 

 

Estão previstos 84 km de ciclovia, sendo 58,8 km passando pela cidade de Morretes e outros 24,2 km por Antonina. Foram investidos R$ 200 mil no projeto. A obra inclui diferentes modalidades de ciclovia, entre elas, ciclovia dupla em uma pista de sentido duplo, ciclovia em duas pistas de sentido único, ciclovia simples em uma pista e apenas 2,4 km de ciclofaixas.

 

O trajeto beneficiado pela obra parte de dois pontos; a Estrada da Marta, em Morretes, e a BR-277, passando por Antonina (Avenida Tiago Peixoto e Avenida Conde Matarazzo) e Morretes. 

 

Na cidade de Morretes, a ciclovia passará por mais de 30 pontos turísticos como Porto de Cima, Ponte Velha, Estrada do Itupava, Ponte do Rio Nunes. O projeto também prevê módulos e pontos de refúgio com paraciclos, bebedouro e tomada. 

 

“Todo o projeto urbanístico e arquitetônico foi desenvolvido, evitando áreas de manobras de caminhões e entrada e saída de ônibus e veículos de grande porte”, explicou o diretor comercial do Terminal Ponta do Félix, Cícero Simião.

 

Meio de transporte

Na oficina "Proposta para melhoria do uso da bicicleta pela comunidade escolar em Antonina", promovida no 25º Festival de Inverno da UFPR, foi feito um diagnóstico sobre o da bicicleta em seis colégios da rede pública de ensino do município.

 

Os questionários apontaram que 15% das crianças de Antonina usam a bicicleta como meio de transporte até a escola. A média nacional é de 3% “A bicicleta está muito mais presente na vida destes estudantes do que poderíamos imaginar”, alertou Belotto. 

 

Em Morretes, mãe e filhos a caminho da escola. Foto: Antonio Olinto

 

 

O diagnóstico abordou temas como o meio de transporte dos estudantes, o conhecimento sobre as leis de trânsito, a existência de ciclovias que levam a escola. “Nossa ideia é que este levantamento seja utilizado como um projeto-piloto para outras cidades e que poderá auxiliar no Programa Ciclo Paraná, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente”, reforçou Belotto.

 

O coordenador do departamento de Design da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e também integrante no programa Ciclovida, Ken Fonseca, disse que o projeto da nova ciclovia dará um novo rumo para a discussão da mobilidade com o uso da bicicleta no Litoral.

 

“Com um projeto pronto, a discussão se tornou palpável e permitirá contribuições de especialistas, ciclistas e da iniciativa privada que poderá investir na execução da obra”, destacou Ken.

 

Participaram da oficina estudantes, moradores das cidades do Litoral, técnicos da área da mobilidade, o diretor do Porto de Antonina, Luiz Carlos Souza, e representantes da União dos Ciclistas do Brasil, Associação de Ciclistas do Alto Iguaçu e Federação Paranaense de Ciclismo.

 

O secretário de Planejamento e Desenvolvimento de Morretes, Neto Gnatta, lembrou que o município tem um potencial natural para a prática do cicloturismo. “Morretes recebe centenas de ciclistas todas as semanas, que optam por vir a nossa cidade para a prática esportiva aliada ao turismo e ao lazer. Com segurança e infraestrutura adequada, aumentaríamos ainda mais este público”, disse Neto.

 

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