Entregadores de biclicleta do Uber em NY querem mais direitos

Depois dos taxistas, agora é a vez de ciclistas e trabalhadores a pé do Uber reclamarem que a empresa não paga seguro social, auxílio-doença e auxílio-desemprego

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Fonte: UOL  |  Autor: Henry Goldman/ Bloomberg  |  Postado em: 27 de outubro de 2016

Ciclistas do Uber em NY reivindicam direitos traba

Ciclistas do Uber em NY reivindicam direitos trabalhistas

créditos: Buck Ennis

 

O Uber, que já brigou com os taxistas de Nova York, com os órgãos reguladores e com seus próprios trabalhadores, agora enfrenta uma disputa com entregadores que trabalham a pé e de bicicleta no momento em que avança para apanhar uma fatia maior do negócio de entregas de todo tipo, de projetos a bagels (tipo de pão).

 

A Aliança dos Taxistas de Nova York, sindicato de motoristas que processou o Uber por suas práticas trabalhistas, está assessorando um esforço inicial de organização dos entregadores, que se tornaram símbolos da vida urbana acelerada.

 

Embora eles desfrutem da liberdade de trabalhar como contratados, essa designação permite que o Uber, que os emprega em seus negócios UberRUSH e UberEATS, evite o pagamento de seguro social, auxílio-doença e auxílio-desemprego.

 

"Quando comecei, eu romantizei a ideia de ganhar a vida pedalando pelas ruas da cidade, desviando de buracos, carregando documentos importantes para os ricos e poderosos", disse Hannington Dia, mensageiro de 20 e poucos anos que começou a realizar entregas de bicicleta para o Uber em 2015. "Eu comecei ganhando um bom dinheiro, mais de US$ 1.000 por semana, mas em novembro, após uma série de cortes na remuneração, passei a receber cerca de 40 por cento menos."

 

O vereador Brad Lander vê as dificuldades dos entregadores como parte de um problema maior de justiça em uma economia emergente na qual até 1,3 milhão de pessoas trabalham como freelancers ou contratados independentes.

 

Ações judiciais

O Uber, maior companhia de carona compartilhada do mundo, avaliada em US$ 69 bilhões, enfrenta ações judiciais e contestações regulatórias por causa de seu modelo de negócio, incluindo exigências dos motoristas para serem classificados como funcionários com direito a garantias padrões, como salário mínimo.

 

Poderia ter sido fácil ignorar o grupo desorganizado de entregadores que anunciou seu esforço de organização em frente à prefeitura de Nova York, em 18 de outubro, se seus membros já não tivessem conseguido o apoio de do vereador Lander e também da Aliança dos Taxistas.

 

O sindicato, que conquistou aumentos nas tarifas e outros benefícios para milhares de taxistas, está representando os motoristas do Uber que afirmam em ações judiciais que deveriam ser considerados trabalhadores em tempo integral porque é a companhia que estabelece as regras de trabalho e a remuneração.

 

Matthew Wing, porta-voz do Uber, disse que a companhia oferece oportunidade para que as pessoas estabeleçam seus próprios horários e tenham uma renda extra.

 

"As pessoas que dirigem ou realizam entregas para o Uber nos dizem que adoram a flexibilidade e a capacidade de trabalhar exatamente quando e como querem", disse Wing. "Como os entregadores podem e usam muitos outros aplicativos, temos que trabalhar diariamente para que o Uber seja mais compensador para eles e estamos focados exatamente nisso, inclusive em escutar os feedbacks e em realizar melhorias."

 

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