Brasil poderá ser um país amigo dos ciclistas? Ouça o Expresso #73

Estratégia Nacional da Bicicleta traça o caminho para a conquista de cidades mais cicláveis em 2030. O Mobilize participa desse esforço, coordenado pela UCB

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Fonte: Mobilize Brasil  |  Autor: Marcos de Sousa/Mobilize Brasil  |  Postado em: 08 de março de 2022

Trabalhador pedala em Mogi das Cruzes (SP)

Trabalhador pedala em Mogi das Cruzes (SP)

créditos: Dal Marcondes Ag. Envolverde


No dia 3 de março, o Mobilize Brasil participou de mais uma "oficina de ideias" para a Estratégia Nacional da Bicicleta. O projeto tem o objetivo de organizar uma série de ações para estimular o uso da bike como meio de transporte, tendo como horizonte o ano de 2030.


No momento, a coordenação da Estratégia está realizando uma série reuniões com a participação de organizações de ciclistas, urbanistas, professores, especialistas em mobilidade urbana, jornalistas, cicloentregadores e pessoas de outras especialidades para estruturar uma "árvore de problemas" que possam ser atacados para que o Brasil tenha mais ciclistas nas ruas. Os participantes buscam em mudar o quadro atual da mobilidade urbana, que gerou cidades congestionadas de veículos poluidores, muitas mortes no trânsito, doenças e muitos prejuízos econômicos.


E fica cada vez mais evidente que para ampliar a mobilidade ativa - a pé e por bicicleta - será preciso destruir o mito do automóvel como sinônimo de conforto, força, status social e segurança. E já, antes que os mais de 100 milhões de carros e motocicletas a gasolina sejam todos substituídos por veículos  elétricos individuais, como parece ser o sonho da indústria.


O ideal, acreditamos, seria trocar o carro por um lugar em um sistema renovado de transporte coletivo, eletrificado, seguro, confortável e acessível a bikes e cadeiras de rodas. E talvez a Estratégia Nacional da Bicicleta seja a "mola-mestra" capaz de tirar a Política Nacional de Mobilidade Urbana de sua atual imobilidade.


Enquanto essa transformação não acontece, seguimos com altos índices de sinistralidade no trânsito, envolvendo principalmente pedestres e motociclistas, mas também ciclistas, que hoje estão mais presentes nas grandes cidades.


Nesta edição, nós ouvimos  Frederico de Moura Carneiro, titular da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) sobre a onda aparente de maior mortandade de ciclistas nas vias brasileiras.  Ele citou a recente criação do Registro Nacional de Acidentes e Estatísticas de Trânsito (Renaest) e lembrou que a Senatrans já desenvolve o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Penatrans), que tem o objetivo de zerar as mortes no trânsito brasileiro.

E fechamos o podcast com uma visão de Daniel Guth, ciclista e diretor da Aliança Bike, sobre as mudanças que precisam ser promovidas para garantir a segurança de ciclistas nas rodovias e também nas pequenas estradas vicinais. 


Ouça o Expresso Mobilize #73


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Expresso #71: Parem de matar ciclistas!

Acompanhe a construção da Estratégia Nacional da Bicicleta
Programa Bicicleta Brasil. Agora vai?
Registro Nacional de Acidentes e Estatísticas de Trânsito
Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito


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