Implantado em 11 de maio de 2011, o Programa de Proteção ao Pedestre já reduziu o número de mortes por atropelamento. Pela primeira vez desde 2005, o número de mortes por atropelamento na capital paulista ficou abaixo de 400 óbitos de pedestres no trânsito. Esta constatação foi tirada do mais recente balanço de mortes por atropelamento divulgado pela CET, com dados de janeiro a agosto de 2005 a 2012. Isso se deu graças às ações preventivas e parcerias que contribuem com o respeito aos pedestres da capital, provocando a muda nça de comportamento de motoristas e pedestres com relação à travessia de vias.
A queda de mortes de pedestres em 2012 ante 2005 foi de 27,4% (de 500 para 363). Na comparação com o ano de 2011, a queda foi de 13,3% (de 419 para 363). Na região central da cidade que abrange o Centro e a avenida Paulista, o número de mortes por atropelamento este ano em relação ao ano passado teve uma redução de 47,4%. Foram 19 mortes em 2011 de janeiro a agosto contra 10 mortes este ano no mesmo período.
A tendência de queda nas mortes provocadas por atropelamento não se verifica apenas nesse tipo de acidente: a diminuição de óbitos em acidentes de trânsito em geral foi de 18% nos oito meses de 2012 em comparação com o mesmo intervalo de tempo de 2005, caindo de 995 mortes naquele ano para 815 neste ano. Comparando- se com os oito primeiros meses de 2011, esse índice de redução de mortes em acidentes de trânsito em geral foi de 12,8%, caindo de 935 vítimas fatais para os atuais 815.
A categoria dos motociclistas vítimas de acidentes fatais também apresentou uma baixa nos oito meses de 2012 em relação ao mesmo período de 2011: neste ano, morreram até agosto, 282 condutores de moto; no ano passado, foram 364 mortes registradas nesse grupo. Uma diminuição de 22,5%.
Já o balanço da fiscalização intensiva contabilizou 298.824 autuações relativas a infrações de desrespeito à preferência de 8 de agosto de 2011 a 19 de outubro de 2012. Os enquadramentos dispostos neste balanço são: deixar de indicar com gesto e Luz indicativa a mudança de direção (seta), avanço de semáforo vermelho, deixar de dar preferência ao pedestre em via transversal, deixar de dar preferência ao pedestre na faixa a ele destinada, parar sobre a faixa de pedestre e deixar de dar preferência ao pedestre que não tenha concluído a travessia.
Ações e parcerias
Inicialmente, o Programa de Proteção ao Pedestre abrangia apenas a região entre o centro e a avenida Paulista, mas a partir de setembro de 2011 as ações educacionais e de fiscalização intensiva se estenderam para toda a cidade, priorizando os principais corredores de tráfego.
Esses corredores receberam também uma revitalização na sinalização existente com a pintura de 20.266 faixas de travessia na cidade, que conta com um total de cerca de 80 mil. Para melhorar a visibilidade dos pedestres à noite, as faixas de travessia também são iluminadas e ampliadas. Hoje, São Paulo já conta com 3.989 faixas desse tipo. De 2009 a outubro de 2012, foram implantadas 983 travessias iluminadas.
Outra iniciativa foi a alteração promovida em um grupo de semáforos para pedestres, relativa ao vermelho piscante. Ao todo, já foram contemplados 2.343 cruzamentos, totalizando 81% daqueles que possuem estágios para pedestres, com a finalidade de proporcionar mais conforto e segurança na travessia de faixas semaforizadas. Também foram contratados 1.255 orientadores de travessia espalhados pela cidade, cerca de 400 a mais do que o início do programa. Estes orientadores recebem o auxílio mensal de R$ 572,25 e sinalizam com bandeiras o momento de parar e de atravessar com segurança a via.
Em fevereiro deste ano, foi iniciado em caráter piloto a iniciativa do Marronzinho na Escola, projeto que começou restrito a escolas públicas da região Lapa/ Pinheiros. Nos encontros, marronzinhos coordenam um batepapo de 50 minutos sobre trânsito, disseminando valores do Programa de Proteção ao Pedestre junto ao público infanto-juvenil. Além disso, o Homem-Faixa, personagem símbolo do Programa, visitou os CEUs para disseminar conceitos de travessia segura à comunidade escolar.
O sucesso do Programa de Proteção ao Pedestre também se deve às importantes parcerias que foram feitas com o Detran/SP, para a definição de uma região piloto que teve alto índice de atropelamentos de crianças de 9 a 12 anos. O local escolhido terá um trabalho de educação de trânsito nas escolas do entorno. A empresa MultiPark também reproduziu o material educativo da CET e distribuiu estes folhetos nos estabelecimentos conveniados a operadora. Já o hospital Sírio Libanês realiza este trabalho de educação no trânsito nas comunidades carentes que são atendidas pelo trabalho social da instituição.