EMTU confirma vencedor de licitação e início das obras em maio

A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos homologou o resultado da licitação para as obras do primeiro trecho do VLT ligando São Vicente a Santos

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Fonte: A Tribuna On-line  |  Autor: Da redação  |  Postado em: 23 de abril de 2013

Sítios arqueológicos podem prolongar o tempo para

Sítios arqueológicos podem prolongar o tempo para instalação

créditos: Alberto Marques

 

A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) homologou o resultado da licitação para execução de obras do primeiro trecho do Veículo Leve sobre Trilhos (VTL), ligando Barreiros, em São Vicente, até a Estação de Transferência Conselheiro Nébias, em Santos. 

 

Como não houve recurso até a expiração do prazo legal – às 17 horas da última sexta-feira – o vencedor da concorrência foi o Expresso VLT Baixada Santista, consórcio formado pelas empresas Construtora Queiroz Galvão S.A. e Trail Infraestrutura Ltda. Participaram da licitação cinco consórcios. A proposta ganhadora foi de R$ 313.505.850,90. A previsão é de que os trens comecem a operar em julho de 2014.

 

Nos próximos dias, será assinado o contrato para dar início às obras de implantação da primeira etapa, que começará no próximo mês. O trecho prioritário, de 9,5 km, terá condições de atender até 70 mil passageiros por dia útil. Já foram contratados 22 vagões. Cada um terá capacidade de transportar até 400 pessoas.

 

O segundo trecho, Porto - Conselheiro Nébias - Valongo, encontra-se na fase de licenciamento ambiental e as obras estão previstas para serem iniciadas em julho de 2013, com conclusão prevista para julho de 2014. A demanda estimada nos dois trechos é de 70 mil usuários/dia útil.

 

Em relação aos Veículos Leves Sobre Trilhos, o cronograma prevê que o primeiro deverá ser entregue em junho de 2014. A previsão é de que a entrega de todos os veículos esteja concluída até maio de 2015. 

 

Ponto polêmico 

Apesar da EMTU garantir a entrega do segundo trecho do VLT em julho de 2014, quatro sítios arqueológicos localizados no Centro de Santos poderão prorrogar o tempo de instalação por período indeterminado.

 

De acordo com o arqueólogo Manoel Matheus Gonzalez, há quatro pontos subterrâneos entre a Avenida Conselheiro Nébias e o Terminal do Valongo.  O cemitério da segunda igreja da Santa Casa de Santos, na Praça Mauá; a Galeria Nossa Senhora do Desterro, na Rua do Comércio; e o cemitério do Santuário do Santo Antônio do Valongo estão registrados como sítios arqueológicos no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

 

O quarto, uma oficina antiga de embarcações na Rua Marquês de Herval, deverá ser registrado ainda esta semana.
Uma portaria publicada no Diário Oficial da União dá ao arqueólogo Manoel MateusGonzalez a permissão de pesquisar esses sítios antes de qualquer pessoa ou empresa.

 

Em entrevista ao jornal A Tribuna, na última quarta-feira, ele informou que está amparado por uma lei municipal que determina que qualquer empresa ou arqueólogo que venha trabalhar no Centro de Santos, comunicar previamenteo Ministério Público Estadual (MPE) e o Centro Regional de Pesquisas Arqueológicas do Núcleo de Pesquisa e Estudo em Chondrichthyes (Nupec/Cerpa), que é de propriedade de Gonzalez.

 

”Quero deixar claro que não sou contra o desenvolvimento e o VLT, mas, infelizmente, grandes empreendimentos do Município estão destruindo nosso patrimônio. É preciso fazer esse alerta”, frisou.

 

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Comentários

mario pereira - 02 de Maio de 2013 às 11:36 Positivo 0 Negativo 0

este cidadão não deve ter nascido aqui,deve ser mais um pára-quedas vindo sabe lá de onde,agora se acha dono da cidade.Moral da história:o VLT não vai passar perto do sítio arqueológico que êle quer transformar em fazenda para obter frutos .

Rafael - 23 de Abril de 2013 às 20:50 Positivo 0 Negativo 0

Os cemitérios adormecem no subterrâneo e nós nos arrastamos no sobreterrâneo até sabe-se lá quando. Que cumpram-se os prazos, pois já são tardios.

Rafael - 23 de Abril de 2013 às 20:49 Positivo 0 Negativo 0

Enquanto os cemitérios e pátio antigos adormecem no subterrâneo, nós no sobreterrâneo ficamos quase que imóveis como os sítios arqueológicos.

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