Território do pedestre

Em todo o país, o problema da insegurança na travessia existe em toda cidade, até mesmo em vias que têm faixas de pedestre. Campanhas ainda são o melhor recurso

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Fonte: The City Fix Brasil  |  Autor: Priscila Pacheco  |  Postado em: 28 de maio de 2013

Faixa de segurança: é lei

Faixa de segurança: é lei

créditos: Zórzimo Croquezz/Flickr

 

Nas faixas de segurança, independentemente de haver semáforo, em tese a preferência é sempre do pedestre – o motorista tem a obrigação de parar. Em tese, porque na prática nem sempre é o que acontece. O desrespeito às faixas de segurança é motivo de campanhas de educação no trânsito em todo o país, mas, mesmo assim, a insegurança continua.

 

Isso quando elas existem. Em alguns lugares, o pedestre tem de enfrentar ainda o problema das faixas fantasma, que por não terem a pintura retocada muitas vezes acabam desaparecendo. É o caso, por exemplo, da faixa que fica em frente à entrada da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador.

 

Vestígios da faixa de segurança em frente à UFBA (Foto: Evandro Veiga)

 

As faixas de segurança, criadas com a finalidade de proporcionar ao pedestre um local de travessia segura, visam à proteção de quem circula a pé. É um território do pedestre. E quando esses locais não são devidamente respeitados é a vida das pessoas que está em risco. Salvador, de acordo com o Ministério da Saúde, é a capital líder em média de mortes por atropelamento: em 2012, 47% das mortes no trânsito foram por atropelamentos, contra 23% da média nacional.

 

Mas a falta de responsabilidade está dos dois lados. Muitos pedestres por vezes também ignoram a regra, atravessando fora das faixas. Em Porto Alegre, nos cruzamentos onde não há semáforo, motoristas e pedestres brigam pelo espaço. Na tentativa de melhorar a situação, em 2009 foi lançada a campanha da mãozinha, como ficou conhecido o sinal que o pedestre deveria fazer antes de atravessar a rua, na faixa de segurança. Hoje, é raro ver alguém fazendo o gesto, mas o importante é lembrar que o que obriga o motorista a parar não é a mão estendida do pedestre e sim a faixa de segurança, esta sim um sinal de trânsito.

 

Um levantamento de 2012 da EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação) mostrou que as mortes por atropelamento em Porto Alegre caíram 60% em três anos, mas a educação ainda é uma questão a ser considerada. A mudança esperada no trânsito deve passar por uma fiscalização mais severa, mas também por uma doutrina de respeitar as regras da sociedade como um todo.

 

Vamos trazer um pouco mais de sociabilidade para o trânsito? Aqui vão algumas dicas:

  • Respeite a faixa: se você é pedestre, atravesse sempre na faixa de segurança. Se você é motorista, respeite a sinalização; a preferência é do pedestre.
  • Espere o sinal: mesmo que a rua esteja vazia, aguarde o sinal; as crianças costumam seguir o exemplo dos adultos.
  • Respeite o pedestre: se o sinal abrir durante a travessia, os motoristas devem esperar que os pedestres concluam o trajeto até o outro lado da rua.

 

Este texto foi publicado originalmente no site The City Fix Brasil.



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Comentários

André - 28 de Maio de 2013 às 16:23 Positivo 0 Negativo 0

Leiam o CTB: Art. 70. Os pedestres que estiverem atravessando a via sobre as faixas delimitadas para esse fim terão prioridade de passagem, exceto nos locais com sinalização semafórica, onde deverão ser respeitadas as disposições deste Código.

André - 28 de Maio de 2013 às 16:22 Positivo 0 Negativo 0

Leiam a o CTB: Art. 70. Os pedestres que estiverem atravessando a via sobre as faixas delimitadas para esse fim terão prioridade de passagem, exceto nos locais com sinalização semafórica, onde deverão ser respeitadas as disposições deste Código.

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