O futuro da mobilidade urbana é tema de debate em SP

Nomes internacionais vieram ao New Cities Summit para falar de soluções como: jornada flexível, não concentração de empresas numa só área, bikes e veículos compartilhados

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Fonte: PINIweb  |  Autor: Lucas Rodrigues  |  Postado em: 05 de junho de 2013

Futuro da mobilidade está no compartilhamento

Futuro da mobilidade está no compartilhamento

 

As discussões sobre transporte público e mobilidade urbana foram o tema da sessão The Future of Urban Mobility, que fez parte da programação do New Cities Summit 2013, em São Paulo.

 

Moderado por Susan Shaheen, pesquisadora da Universidade da Califórnia, o debate apontou problemas e alternativas não apenas sobre assuntos de infraestrutura e meios de transporte, como também sobre questões comportamentais da população.

 

Tania Conte Cosentino, Romi Roy e Eduardo Saccaro

Para Carlos Aranha, executivo do Google Brasil, por exemplo, é preciso conscientizar tanto motoristas quanto pedestres a respeitar os limites no trânsito. Mas para isso, ele não acredita em campanhas. "Não podemos só pedir, temos de fazer leis mais duras", disse. Carlos ainda afirmou que as preocupações sobre mobilidade deveriam estar voltadas para formas de diminuir as distâncias e a necessidade das pessoas de se mobilizar. Nesse sentido, aponta a importância das empresas, cujas jornadas de trabalho são responsáveis pela grande demanda de deslocamentos diários. 

 

MarySue Barret, presidente do Conselho de Planejamento Metropolitano de Chicago, concordou e acrescentou que as companhias deveriam se distribuir de forma menos centralizada nas cidades. Para ela, no entanto, a questão do deslocamento vai além da rotina de trabalho."A necessidade de criar conexões continua crescendo", explicou.


Divulgação

Tania Conte Cosentino, Romi Roy e Eduardo Saccaro, durante o evento na Oca, do Parque Ibirapuera

 

Segundo Tania Conte Cosentino, presidente da Schneider Electric na América do Sul, o planejamento de transportes deve começar pela infraestrutura, o que não significa a construção de rodovias e túneis. "É preciso agregar inteligência no sistema". Tania sugeriu a implementação de um sistema integrado, em que informações personalizadas e diferentes modais fossem conectados e interligados.

 

Na opinião de Eduardo Saccaro, diretor da Bombardier Transportation, além dos transportes, também é preciso investir na restauração dos meios de acesso ao sistema. "Não consigo enxergar um bom exemplo de calçada em São Paulo", exemplificou Eduardo, que apontou como ponto positivo a separação do espaço para carros e transporte público, nos chamados corredores de ônibus.

 

Para Romi Roy, vice-diretora de uma unidade do Centro de Planejamento e Engenharia de Trânsito e Infraestrutura de Transporte (UTTIPEC) em Deli, na Índia, o mais importante é focar na igualdade no transporte público. De acordo com ela, a população utiliza os meios de transporte, mas não tem voz de tomar decisões a respeito de temas urbanos.

 

No encerramento da palestra, Susan citou como a grande aposta para o futuro da mobilidade urbana os sistemas de compartilhamento, tanto de bicicletas quanto de carros e caronas. O conceito, que ela chamou de Economia do Compartilhamento, já existe em muitas cidades, inclusive em São Paulo, o que indica que não estamos tão distantes de um modelo de transporte e mobilidade eficaz. Parafraseado o escritor William Gibson, Susan afirmou: "O futuro está aqui, é apenas mal distribuído"

 


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