Santo André (SP) ganha poemas impressos no asfalto

15 tercetos do escritor local Zhô Bertholini foram grafitados em 60 cruzamentos da cidade. Ação da Secretaria de Trânsito contou com a participação de artistas de rua

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Fonte: Repórter Diário  |  Autor: Repórter Diário  |  Postado em: 05 de maio de 2015

Máscaras de Pixote e Michel Ramalho Cena 7

Máscaras de Pixote e Michel Ramalho Cena 7

créditos: Miguel Denser / SCT-PSA

 

Poemas espalhados pelo asfalto. É o que a população de Santo André encontrou, a partir do último final de semana, em mais de sessenta cruzamentos de ruas pela cidade. A intervenção conta com 15 tercetos (poemas de três versos) do escritor andreense Zhô Bertholini, 62 anos. A técnica utilizada para impressão dos versos no asfalto é a do graffiti e as máscaras foram confeccionadas pelos artistas plásticos Pixote e Michel Ramalho Cena 7.

 

A aplicação dessas máscaras nos cruzamentos foi feita pelo departamento de Trânsito da Prefeitura, a partir de sábado (25), em dias alternados, das 18h às 06h. As poesias podem ser encontradas em ruas e avenidas centrais, como a General Glicério, Campos Sales, Perimetral, além de vias próximas ao Paço Municipal, aos parques Central e Celso Daniel, ao terminal de ônibus da Vila Luzita, à praça Rui Barbosa, no bairro Santa Terezinha e às igrejas São Camillo, no bairro Camilópolis e Nosso Senhor do Bonfim, no Parque das Nações, além de outros bairros.

 

O poeta Zhô Bertholini começou a escrever poemas nos anos 1960, em fanzines e lambe-lambes, e desde 1982, edita ao lado da mulher Jurema Barreto de Souza, a revista literária "A Cigarra", de Santo André. A partir de 2003, os dois editam o fanzine "Zine Zero".
O secretário de Cultura e Turismo de Santo André, Tiago Nogueira, afirma que os poemas de Zhô Bertholini impressos nas ruas da cidade "se inserem no conceito de arte urbana, transformando os locais pintados em galeria a céu aberto".

 

"A partir do graffiti, faremos uma justa homenagem ao Zhô Bertholini, poeta e agitador cultural desde a década de 60, cuja poesia está em sintonia com expressões urbanas e o cotidiano da cidade", completou Nogueira. O projeto "O Poeta na Rua - Zhô e a Cidade" é uma realização da Casa da Palavra, equipamento da Secretaria de Cultura e Turismo e em parceria com o departamento de Trânsito,da Secretaria de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos.

 

As poesias já podem ser encontradas nas ruas Itambé(no trecho embaixo do Viaduto Antonio Adib Chammas, no cruzamento dos terminais de trólebus e estação da CPTM), 15 de Novembro (com a rua Anchieta), José Amazonas (faixa de pedestre embaixo do Viaduto Santos Dumont), Monções com Figueiras, Eduardo Monteiro, Cesário Bastos e Haddock Lobo (ambas com a Praça Kennedy), Juquiá (entrada da Sabina Escola Parque do Conhecimento), além da avenida Pereira Barreto (nas faixas de pedestres em frente ao Shopping ABC e Emei Vila Dora) e na entrada do Parque Central, na Praça Fábio Castravelli.

 

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