Estrutura do Veículo Leve sobre Trilhos abandonada há 20 anos em Campinas

Sistema, que lembrava um metrô de superfície tinha uma linha com 8km e funcionou por apenas cinco anos antes de ser abandonado em meados da década de 90

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Fonte: Minuto Campinas  |  Autor: Minuto Campinas  |  Postado em: 02 de setembro de 2015

Sistema foi abandonado em meados da década de 90

Sistema foi abandonado em meados da década de 90

créditos: Minuto Campinas

 

O VLT que foi desativado em 1995 já tinha 11 estações em uma linha com cerca de 8 km de extensão – que ligava o bairro Campos Elíseos ao Centro – três estações nunca saíram do papel e as outras que foram construídas estão abandonadas. Em algumas paradas há a presença de moradores de rua, alguns sinais de que o local é frequentado por usuários de drogas e até preservativos, como na Pompéia. Na estação Campos Elíseos, ao lado da Regional 7 na Avenida das Amoreiras, é possível ver escadas e rampas que davam acesso ao setor de embarque e desembarque. A estrutura metálica e a cobertura da estação estão enferrujadas.

 

Na Rua Padre Donizette Tavares de Lima, no bairro Cidade Jardim, ficava a estação Anhanguera. O local foi ocupado por um grupo de pessoas em 2013 e todo o terreno foi tomado por centenas de barracos, que ainda estão no local. Um morador do bairro, que não quis ser identificado, reclama da desvalorização dos imóveis do bairro. “Desvalorizou muito os imóveis aqui da região. Dificuldade em vender e alugar, e gera um medo também né”, afirma.

 

No local onde ficava a estação do Parque Industrial não há mais nenhuma estrutura metálica. Um imóvel que fazia parte da antiga estação Vila Teixeira também está sendo ocupado. A área foi cercada com arame e há roupas no varal. Além do mato alto, no terreno há muita sujeira, restos da construção civil, garrafas PET e até um monitor velho. Na estação Aurélia, os trilhos estão cobertos de mato, há muita sujeira, a estrutura está enferrujada e o telhado não existe mais. Na Barão de Itapura, no lugar da estação, funciona uma coopetativa de recicláveis. A última estação, era a Central que ficava onde atualmente é a Estação Cultura.

 

O VLT tinha capacidade para atender 75 mil passageiros por dia, mas nunca ultrapassou os 4 mil. Isso porque as estações eram mal localizadas e não havia integração com a rede de ônibus. De acordo com a Prefeitura há dois meses foi feita uma limpeza geral das áreas, que retirou 100 caminhões de entulho dos locais. A administração ainda informou que na próxima semana o serviço de limpeza será retomado.

 

A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) informou que vai abrir uma licitação para contratar um estudo de viabilidade e, assim, saber se dá para usar parte do projeto para ligar o centro da cidade ao Aeroporto de Viracopos. As outras estações devem ser utilizadas para a implantação dos corredores de Bus Rapid Transit (BRT).

 

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