Mais de 8 milhões de pessoas morreram em 2018 devido à poluição por queima de combustíveis fósseis, como o diesel e o carvão. Isto significa que 1 em cada 5 mortes no mundo teve como causa essa modalidade de contaminação do ar - estimativa significativamente superior à de pesquisas anteriores.
Para chegar a esses resultados, que superam outros baseados em imagens de satélite, os pesquisadores de Harvard se voltaram para GEOS-Chem, um modelo global 3D de química atmosférica com alta resolução espacial. Com isso, foi possível dividir o globo em uma grade com caixas de até 50 km x 60 km e observar os níveis de poluição em cada caixa individualmente.
Outra inovação foi o modelo de avaliação da ligação entre os níveis de concentração de partículas e os resultados em saúde, desenvolvido pelos professores de Epidemiologia Ambiental de Harvard, Alina Vodonos e Joel Schwartz. Este novo modelo encontrou uma taxa de mortalidade mais alta para exposição às emissões de combustíveis fósseis a longo prazo, inclusive em concentrações mais baixas.
*Autores:
Karn Vohra, School of Geography, Earth and Environmental Sciences, University of Birmingham, Birmingham, UK
Alina Vodonos, Harvard T.H. Chan School of Public Health, Department of Environmental Health, Harvard University, Boston, MA, USA
Joel Schwartz, Harvard T.H. Chan School of Public Health, Department of Environmental Health, Harvard University, Boston, MA, USA
Eloise A. Marais, Department of Geography, University College London, London, UK
Melissa P. Sulprizio, John A. Paulson School of Engineering and Applied Sciences, Harvard University, Cambridge, MA, USA
Loretta J. Mickley, John A. Paulson School of Engineering and Applied Sciences, Harvard University, Cambridge, MA, USA