Santos: Duas passagens de nível serão contruídas entre a Pompeia e o Campo Grande

Em um primeiro trecho, será feita a conexão entre as ruas Visconde de Cairú e Paraíba

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 |  Autor: Jornal A Tribuna  |  Postado em: 02 de dezembro de 2011

Rua Visconde de Farias, no Campo Grande

Rua Visconde de Farias, no Campo Grande

créditos: Jornal A Tribuna

Os moradores do Campo Grande e da Pompeia, em Santos, terão novas alternativas de ligação entre os dois bairros. Duas passagens de nível atravessarão a linha férrea paralela à Avenida Francisco Glicério e prometem diminuir o trânsito nas vias arteriais da região.


Em um primeiro trecho, será feita a conexão entre as ruas Visconde de Cairú e Paraíba. Já no outro ponto, a mudança será com as ruas Visconde de Farias e Rio Grande do Norte.


Na primeira intervenção, os veículos farão o trajeto no sentido Pompeia/Campo Grande, seguindo a mesma mão de direção da Rua Paraíba.  Já na segunda, a Rua Visconde de Farias seguirá com mão dupla, dando acesso à Pompeia, onde se une à Rua Rio Grande do Norte, mantendo o sentido único.


De acordo com o secretário municipal de Obras e Serviços Públicos, Carlos Alberto Tavares Russo, as obras começam até janeiro e devem durar 30 dias em cada trecho. O custo, R$ 30 mil para cada passagem, será viabilizado com recursos e mão de obra municipais.


Os desenhos das duas obras já estão em conformidade com o traçado do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), ou seja, não precisarão ser adaptados quando o novo meio de transporte for implantado na Baixada Santista.


A abertura das passagens de nível é um anseio antigo da população daquela região. Isto porque a interligação entre os bairros Campo Grande e Pompeia é complicada e faz com que os moradores tenham que dar longas voltas para ir de uma rua à outra.


Além disso, são obrigados a utilizar vias de trânsito intenso como os canais 1 e 2, as avenidas Pinheiro Machado e Bernardino de Campos, respectivamente.


Discussão


No último dia 8, uma audiência pública promovida pela Câmara reuniu moradores, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e a Prefeitura, através das secretarias de Planejamento e Obras e Serviços Públicos. “A população se sente ilhada. Eles falam que existe Santos do lado Trem-Praia, da classe A, e Trem-Centro, da classe B. É em tom de brincadeira, mas eles se sentem prejudicados”.


Segundo Russo, após o evento foram definidas as estratégias da obra. Mas para que seja iniciada, algumas interferências devem ser solucionadas. Árvores e postes de alta tensão deverão ser removidos, assim como pontos referenciais de satélites, que estão localizados em trechos da calçada. A rede de captação de esgoto é outro ponto que será alterado.
“Temos que trabalhar com as concessionárias Sabesp, CPFL e outras secretarias também, mas são coisas que podem ser resolvidas até o final do ano, quando tudo estará pronto para as obras”, destaca.


O zelador Samuel de Souza está otimista com as mudanças. “Isso aqui no horário de pico é um caos. A coisa complica. É melhor sentar e esperar para depois sair”, afirma. Já a dentista Ana Paula Peixoto teme que a Avenida Francisco Glicério seja prejudicada com a intervenção. “Vai ficar um anda e para sem fim. Quem segue pela Glicério vai se prejudicar”, argumenta.


José Menino


Outra passagem de nível será construída, desta vez na região próxima à Gruta Nossa Senhora de Lourdes, no José Menino, próximo à divisa entre Santos e São Vicente.


Atualmente, o trecho, que fica no final das ruas Gaspar Ricardo e Godofredo Fraga, é ponto de encontro para usuários de drogas e desocupados. A intervenção ligará as ruas Gaspar Ricardo e Santa Catarina e eliminará o ponto que hoje é um problema para moradores do bairro.


O VLT também passará por lá. Por isso, a responsabilidade da linha férrea é da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), que teve a área cedida pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) para a implantação do futuro meio de transporte.


O início das obras neste trecho depende do projeto, que está sendo executado pela CET e deve ser entregue até o próximo dia 10. “Vamos fazer uma ponte, com passarela, que passará por cima do canal para que se tenha visibilidade e sejam respeitadas as condições de segurança do local”, afirma Russo.


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