Bike sharing, um mercado em franca expansão

Mercado de compartilhamento de bicicletas continua a crescer em todo o mundo, inclusive no Brasil

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Fonte: Mobilize Brasil  |  Autor: Guilherme Pfeffer  |  Postado em: 22 de março de 2018

Bike sharing, um mercado em  franca expansão
créditos: Reprodução: The Global Bike-Share


Estima-se que o mercado de compartilhamento de bicicletas (bicycle-sharing) irá crescer 20% ao ano até 2020 globalmente, conforme apontado pela consultoria Roland Berger. Seguindo essa lógica, até 2020 o mundo terá cerca de 2.400.000 bicicletas nesse mercado.

 

A China, um dos lideres na utilização e produção de bicicleta, está na vanguarda desse movimento, e somente na cidade de Hangzhou já há uma frota de mercado de 51.500 bicicletas, e em crescente expansão, esperando-se chegar a cerca de 175 mil bicicletas compartilhadas até 2020.

 

Evolução no crescimento do número de sistemas de aluguel de bicicletas 
Fonte: Marchuck; Shkompletova; Boyarskaya, 2016


Ano


Sistemas no mundo


Bicicletas


Maio 2011
Abril 2013
Junho 2014


375
535
712


236.000
517.000
806.200

  

No Brasil, a instalação de pontos de aluguel de bicicleta, tendo como pioneiro o município do Rio de Janeiro, se espalhou para diversas capitais e cidades, como: Petrolina, Porto Leve e Recife em Pernambuco; Porto Alegre no Rio Grande do Sul; e Santos São Paulo e Sorocaba em São Paulo. O preço do aluguel e as condições podem variar de cidade para cidade. A tabela a seguir foi obtida a partir de consulta no site do sistema Bike em algumas regiões. 

 

Quantidade de viagens e Créditos de Carbono pelo sistema de aluguel de bicicleta
Fonte: revista Bike, 2017 


Cidade


Sistema


Viagens


Ton de CO2


Recife
Porto Alegre
Rio de Janeiro
Salvador
São Paulo


BikePE
BikePoa
BikeRio
BikeSalvador
BikeSampa


1.146.355
-
9.365.303
751.382
2.293.059

 
412,67
   345,78
3.371,34
    270,48
825,46

             

 

No Brasil, o sistema BikeRio foi implementado em outubro de 2011, numa parceria entre a prefeitura do município do Rio de Janeiro, Itaú, a Serttel e o apresentador Luciano Hulk. Hoje, o sistema funciona com a  empresa Tembici, que adotou uma tecnologia canadense para a operação na cidade e em várias capitais do Brasil. Apenas no Rio de de Janeiro, ao longo de sua existência, pode-se dizer que a média de utilização foi de 4.740 viagens por dia. 

 

A expansão dos sistemas associada ao aumento geral da utilização de bicicleta a nível nacional, poderá impactar em uma redução massiva nas emissões de carbono ao longo dos anos. Considerando somente as capitais mencionadas na tabela acima, chegamos a um total de 5.225,73 toneladas de COou créditos de Carbono.

 

Em Berlim, na Alemanha, já existem inclusive bicicletas de carga, geralmente elétricas, para alugar. Desta forma é possível fazer até mesmo as compras de supermercado com bicicleta.

 

Podem-se notar também outros pontos positivos. No geral, os custos relativos ao transporte caem, pois muitas das tarifas são baixas, gerando benefícios para os usuários do transporte, e permitindo acesso aos que não teriam como custear a aquisição de uma bicicleta. Outra vantagem é que devido a rotatividade, a bicicleta acaba ficando menos tempo ociosa, aumentando então a eficiência de uso da mesma.

 



*Guilherme Pfeffer, 25 anos, é estudante de Engenharia Civil e idealizador do blog City After Mobility, projeto que busca criar mais tempo com a família e amigos através da redução do tempo em que passamos no trânsito. Guilherme vive em Niteroi (RJ) e busca trazer soluções inovadoras para os problemas de mobilidade urbana. Veja mais em www.guilhermepfeffer.com

 

 

 


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Comentários

"Seu Nome" - 23 de Março de 2018 às 13:43 Positivo 2 Negativo 1

Fiz um longo comentário que não coube aqui: https://pastebin.com/NNH4gzZC

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