A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) registrou de janeiro a setembro deste ano 542 quedas no vão entre os trens e as plataformas das estações de linhas na capital e Grande São Paulo. Foram, em média, três acidentes por dia.
A linha 11-Coral foi a que apresentou o maior número: 193 casos. Em seguida está a 9-Esmeralda, com 118 registros de quedas. Os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação.
Segundo a empresa, o problema ocorre devido ao espaço maior entre o trem e a plataforma nas estações, consequência da falta de uma via exclusiva para o transporte ferroviário de cargas, hoje compartilhada com os trens de passageiros.
Em nota, a CPTM afirma que seis estações com maior fluxo de passageiros receberão, no ano que vem, borrachões de proteção. São elas: Santo André, Tatuapé, São Miguel Paulista, Osasco, Santo Amaro e Palmeiras-Barra Funda. O acessório também será colocado em três plataformas da estação Brás e em uma da Luz.
A CPTM disse que, mesmo assim, os passageiros devem respeitar as regras de segurança para embarque, como aguardar o trem nas plataformas sem ultrapassar a faixa amarela.
Borrachões
Projetados exclusivamente para a CPTM, os borrachões de proteção diminuem a distância entre o trem e a plataforma, garantindo mais segurança no embarque e desembarque dos passageiros. Foi a solução possível, já que permite também a passagem dos trens de carga, que são mais largos, mas trafegam na mesma via das composições do transporte público.
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