Mortes no trânsito do Recife caem 29% entre 2017-2020

Pesquisa também aponta que 75% dos veículos trafegavam acima da velocidade permitida. Estas e outras estatísticas estão no Relatório lançado na terça (22) pela Prefeitura

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Fonte: Mobilize/ Prefeitura do Recife  |  Autor: Mobilize Brasil  |  Postado em: 23 de fevereiro de 2022

Intervenção na zona norte do Recife: segurança ao

Intervenção na zona norte do Recife: segurança ao pedestre

créditos: Daniel Tavares/PCR

No período entre 2017 e 2020, a capital pernambucana verificou uma redução de 29% nas vítimas fatais de sinistros de trânsito. O dado estatístico consta do 1º Relatório Anual de Segurança Viária, lançado ontem (22) pela Prefeitura do Recife e realizado em parceria com a Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária Global.

 

O documento foi apresentado pelo prefeito João Campos (PSB) em reunião na qual participaram a diretora global de desenho de cidades da Nacto (National Association of City Transportation Officials), Skye Duncan, e também os coordenadores da Bloomberg, Dante Rosado e Jonas Romo. 

 

Relatório foi produzido pela Secretaria de Política Urbana e Licenciamento (Sepul) e Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), e pode ser conferido clicando neste link 

 

Diagnóstico

Além da redução de 29% (154 para 109) no número de vítimas fatais na cidade do Recife no período analisado de 2017 a 2020, o relatório indica que houve redução de 11,3% nos feridos no trânsito (que passaram de 2.140 para 1.897). 

 

Na série histórica analisada, em todos os anos as principais vítimas feridas foram motociclistas. Já entre as vítimas fatais, as maiores ocorrências foram com pedestres, seguidos de motociclistas. Quanto à idade, as principais vítimas feridas tinham entre 20 e 39 anos. Entre as vítimas fatais, a maioria apresentou idades entre 20 e 59 anos.

 

O relatório fornece ainda a distribuição espacial dos sinistros de trânsito (georreferenciamento) e a análise dos principais fatores de riscos que levam às ocorrências. 

 

Pesquisa de campo

Na pesquisa observacional, a Johns Hopkins University, juntamente com as equipes da Universidade Federal do Ceará e da Iniciativa Bloomberg recolheram dados em mais de 40 mil situações sobre o comportamento dos condutores recifenses. 

 

Foram analisados três dos principais fatores de riscos listados pela OMS: excesso de velocidade, uso incorreto do cinto de segurança e uso incorreto do capacete em motociclistas. Nessas situações, a pesquisa mostrou que 75% dos veículos trafegavam acima da velocidade permitida.


Já quando observado apenas os motociclistas, 49% excederam a velocidade e 13,7% não utilizavam o capacete corretamente. Outro item verificado foi o uso do cinto de segurança, que estavam presentes em 85,4% dos condutores.

 

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