Bicicleta, mais do que um modo de transporte

Elas são cada vez mais comuns entre pessoas que buscam opções para fugir do trânsito. Leia a entrevista com Marcos de Sousa, do Mobilize Brasil no site da Pirelli

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Fonte: PressTexto / Pirelli  |  Autor: PressTexto / Pirelli  |  Postado em: 20 de junho de 2023

Mulher pedala em ciclovia na cidade do Recife

Mulher pedala em ciclovia na cidade do Recife

créditos: Andrea Rego Barros / CTTU Recife


Muito além de uma simples alternativa de mobilidade urbana, quem adota a bicicleta como meio de transporte muitas vezes também está adotando um novo estilo de vida, com vantagens para a sociedade, saúde e meio ambiente. Essa opção tem se tornado cada vez mais comum entre as pessoas que buscam opções para fugir do trânsito, especialmente nas grandes cidades.


A popularidade da bike ganha força por motivos diversos: é um transporte mais sustentável e econômico (afinal, não exige combustível), facilita a fuga do trânsito e evita que a pessoa gaste tanto tempo procurando uma corrida em aplicativos. E o custo de manutenção é muito menor em comparação com os meios motorizados de transporte.


Qual o tamanho da popularidade das bicicletas no Brasil?
De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 7% dos brasileiros usam a bicicleta como meio de transporte principal. Mas, você sabia que, em 1920, a cidade de São Paulo tinha quase o mesmo número de bikes e carros? Eram 21 mil automóveis e quase 20 mil bicicletas. Entretanto, com o aumento constante do tráfego motorizado, os ciclistas foram perdendo espaço nas ruas.


Marcos de Sousa, ciclista há 60 anos e editor do Mobilize Brasil, primeiro e maior portal brasileiro sobre mobilidade urbana sustentável, destaca a importância das ciclovias no incentivo ao uso das bikes: “Hoje, existem ciclovias sendo inauguradas em milhares de cidades do interior e nota-se uma adesão crescente de pessoas que usam bicicletas no dia a dia, seja para trabalho ou lazer. Um levantamento realizado pela Aliança Bike, em 2022, apontou um total de 4 mil km de ciclovias no país, mas apenas considerando as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro as redes cicloviárias ultrapassarão os 2 mil km até 2024, se as promessas dos prefeitos forem cumpridas”.


A importância da bike como meio de transporte nas metrópoles
A realidade é que muitos motoristas não aguentam mais enfrentar o trânsito das grandes metrópoles, já que o problema tem afetado a qualidade de vida de milhares de pessoas. Com a bicicleta a facilidade de circular pelas ruas é bem maior, além de ser possível estacioná-la e transportá-la nos trens, metrôs e até nos ônibus. “O problema central é que as cidades não comportam mais tantos automóveis e congestionamentos, além dos espaços para estacionar e guardar esses carros. Agora, com novos modelos eletroassistidos, conectados e dotados de inteligência artificial, ficou bem mais fácil pedalar nas cidades”, diz Marcos.


Qual tem sido o impacto sustentável das bicicletas nos últimos anos?
Apesar de ainda não haver dados consolidados sobre os benefícios sustentáveis das bicicletas nas cidades, o fato é que as bikes não emitem gases de efeito estufa.  Marcos reforça esse benefício com alguns números: “No ano passado, a empresa Tembici, que opera bicicletas compartilhadas, comemorou ter alcançado o total de 70 milhões de viagens, com mais de 430 milhões de quilômetros rodados em dez anos de operação. Um carro movido a gasolina emite 1 quilo de carbono a cada 10 quilômetros percorridos. Então, apenas com o uso dessas bikes de aluguel, mais de 40 mil toneladas de gases de efeito estufa deixaram de ser lançados na atmosfera”.


Como as cidades podem incentivar as pessoas a utilizarem bicicletas como meio de transporte?
Já sabemos que um carro ocupa o espaço de várias bicicletas. Incentivar o uso deste modo simples de transporte evita congestionamentos e gastos com o recapeamento asfáltico, que se faz sempre necessário quando se tem um grande fluxo de veículos trafegando por determinada via. Ou seja, é preciso pensar a bike como um dos elos que fazem a mobilidade mais sustentável.


“O importante é criar redes de circulação que considerem as necessidades e as rotas mais comuns nas cidades. Com isso, implantar estações de bicicletas e bicicletários para que as pessoas guardem suas bikes com segurança. E ciclovias, muitas ciclovias! Elas são o fator fundamental para o conforto e segurança das pessoas, especialmente idosos, mulheres e pais com crianças pequenas. Outro aspecto importante é a redução da velocidade do trânsito nos espaços urbanos e a educação dos motoristas e também dos ciclistas para que a convivência seja tranquila”, afirma Marcos.


Como evitar acidentes e ter uma condução segura?
Usar capacete, cuidar da iluminação, não andar na contramão, respeitar as leis de trânsito, dar preferência para as ciclovias e tomar cuidado com as portas de carros parados são algumas orientações básicas de segurança para os ciclistas que trafegam pelas cidades diariamente. Marcos relembra: “O jeito é pedalar com calma, sem pressa. E sempre usar luzes para sinalizar sua presença à noite. Não tenha medo de parecer uma árvore de Natal!”. E se você está começando agora a dar as suas primeiras pedalas e deseja circular com pessoas mais experientes, a organização Bike Anjo conta com centenas de voluntários e voluntárias que podem ajudá-lo em seu início. Alguns tombos e arranhões são mesmo inevitáveis. Então, circule sempre com o capacete e com muito cuidado. Que tal adotar a magrela como meio de transporte? Você só tem a ganhar!


Leia o texto na página original da Pirelli:





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