Curitiba vai testar bonde sem trilhos

Governo do Paraná apresentou vídeo do novo veículo que passará por avaliação nas ruas da capital. Composição é produzida pela chinesa CRRC

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Fonte: Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep)  |  Autor: Mobilize Brasil  |  Postado em: 30 de julho de 2025

Veículo é guiado por trilhos virtuais pintados no

Veículo é guiado por trilhos virtuais pintados no asfalto

créditos: CRRC Zhuzhou Institute

Lembram do Veículo Leve Sobre Pneus sem trilhos que começou a circular na China em 2019?


Hoje (30) o governo do Paraná divulgou em suas redes sociais um vídeo em que promete trazer o sistema para a cidade de Curitiba ainda em 2025. No instagram, as imagens mostram uma composição com a identidade visual do Estado do Paraná circulando no pátio da empresa chinesa CRRC, onde esse veículo foi desenvolvido e fabricado.


Conforme a nota divulgada pelo governo, o veículo foi adquirido como parte de um projeto-piloto da Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep) na perspectiva de que essas composições possam estruturar um novo transporte metropolitano para a capital. Por enquanto o veículo não será incorporado à frota do transporte, mas funcionará como uma experiência de 15 meses.


Tecnologia
O bonde sem trilhos combina as capacidades do VLT tradicional com algumas das vantagens dos ônibus. É guiado por sensores eletromagnéticos que seguem os "trilhos virtuais" pintados sobre o asfalto e pode funcionar de forma semiautônoma. O veículo roda sobre pneus de borracha e embora isso o aproxime tecnicamente dos ônibus urbanos articulados, ele oferece uma grande capacidade de transporte, de 300 a 500 passageiros por composição, dependendo do número de carros.



Composição em testes na fábrica da CRRC antes de vir para o Brasil Reprodução CRRC

 

Segundo a CRRC, o sistema sem trilhos é projetado para operar em corredores de 8 km a 20 km de comprimento, com estações espaçadas entre 600 e 1.200 metros, permitindo o acesso a pé em um raio de 1,5 km ao redor de cada estação. Por ser um veículo longo, é necessária uma grande folga em cada cruzamento para garantir um bom raio de curvas (cerca de 15 metros), o que limita as manobras para fugir de um congestionamento, por exemplo. Mas, tem um certo nível de flexibilidade de rota e, como o sistema usa pneus de borracha, pode lidar com gradientes mais altos quando comparado aos bondes tradicionais. A velocidade máxima é de 70 km/h, informa a fabricante.


O sistema foi testado pela primeira vez em 2017, iniciando a operação comercial em 2019, nas cidades de Zhuzhou e Yibin, no sul da China . Nessas cidades, os veículos são bidirecionais (têm uma cabine de operação em cada extremidade) e compreendem três seções com capacidade para 100 passageiros. Cada composição tem 31,7 m de comprimento, 3,4 m de altura e 2,65 m de largura, com piso baixo para facilitar a acessibilidade. Pesam 48 toneladas.


Em tempo: A chinesa CRRC também formalizou um contrato com o governo paulista para o fornecimento de novos trens do metrô de São Paulo. A operação envolve a instalação imediata de uma fábrica da companhia em Araraquara (SP), que também poderá montar os futuros trens intercidades.


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