Marcadas pela violência crescente e degradação urbana, as cidades brasileiras dificultam ou impedem que mais mulheres usem a bicicleta como meio de transporte ou lazer. Como mudar esse quadro? A resposta pode vir de uma experiência internacional, explica um artigo da jornalista e ciclista urbana Denise Silveira, publicada ontem (19) no Estadão Mobilidade.
O texto toma como base a experiência de uma especialista no tema, a delegada e diretora da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil, Raquel Gallinati. Ela esteve recentemente em Paris, a convite da polícia francesa, quando atuava como Secretária de Segurança Pública de Santos (SP).
Segundo ela, o uso das bicicletas na capital francesa não é apenas simbólico, é estratégico. “A infraestrutura cicloviária é pensada não somente para a mobilidade urbana, mas também para garantir segurança, com iluminação adequada, câmeras, sinalização eficiente e presença constante de policiamento ciclístico”, diz Raquel.
“Esse modelo me inspira a defender, no Brasil, uma maior valorização do policiamento de proximidade com bicicletas, tanto para prevenção de crimes quanto para promover uma cidade mais segura e humanizada”, acrescenta Raquel, que também dá dicas de segurança.
A primeira delas é planejar o trajeto e sempre optar por vias mais movimentadas e bem iluminadas. Ficar atenta ao entorno e evitar distrações com fones de ouvido ou uso de celular no percurso. Em situações de abordagens suspeitas, manter distância, não confrontar e, se possível, acionar a polícia imediatamente.
Leia o texto completo no Estadão Mobilidade
Leia também:
Santos (SP) oferece bicicletas gratuitas no Dia do Ciclista
Transporte público está mudando, com subsídios e tarifa zero
Baterias "blade" prometem mais segurança a ônibus
Paquistão inicia testes com "bonde sem trilhos"
Apoie o Mobilize Brasil
