Transporte público está mudando, com subsídios e tarifa zero

É o que revela novo anuário da NTU. Em cinco anos, municípios que investiram no transporte saltaram de 120 para 241; os que aderiram ao passe livre, de 41 para 154

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Fonte: Mobilize Brasil/ NTU  |  Autor: Mobilize Brasil  |  Postado em: 14 de agosto de 2025

Anuário 2024-2025 (NTU) mostra evolução no transpo

Anuário 2024-2025 (NTU) mostra evolução no transporte

créditos: Fernando Frazão/ Agência Brasil

Uma revolução silenciosa - a dos subsídios públicos e da tarifa zero - vem mudando o modo como o transporte é financiado em muitas cidades brasileiras. É o que mostra o levantamento da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), que lançou nesta terça-feira (12) seu Anuário 2024-2025, com um raio-X do processo de evolução dos serviços de transporte público coletivo por ônibus no Brasil. 

 

Entre as mudanças dos últimos cinco anos, chama a atenção a parcela de municípios que passou a subsidiar o transporte coletivo. Esse número mais que dobrou, aumentando de 120 para 241. Nas capitais, a evolução foi ainda maior, foi de 9 para 20, uma alta de 122%. 

 

Outro dado importante é o que se refere à tarifa zero. Atualmente, o levantamento aponta que já são 154 as cidades que adotam a gratuidade no transporte coletivo. Em 127 delas, o passe livre nos ônibus é pleno e universal, ou seja, válido em todos os dias da semana e para todos os usuários.

 

A explicação para os subsídios dobrarem seria a falência do modelo de remuneração baseado na cobrança das passagens como fonte única de recurso para custeio do serviço, conclui o estudo da NTU. Essa fórmula para calcular o valor da tarifa, amplamente utilizada até 2019, vem se mostrando ultrapassada, ainda mais desde a pandemia da covid, que retirou passageiros do sistema e gerou uma crise ainda não superada em 2025. 

 

O que se manteve igual, segundo o levantamento, foi a idade média da frota: 6 anos e 5 meses. Já os investimentos em infraestrutura de mobilidade urbana estagnaram, a partir de 2023: o que se viu foi a tendência de desaceleração na implantação de faixas exclusivas e corredores do sistema BRT. Para a NTU, a ausência de infraestrutura dedicada significa mais tempo de deslocamento, menos conforto para o passageiro, maior custo e menor eficiência operacional.

 

Acesse aqui o Anuário NTU 2024-2025 

 

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